NA PRÓXIMA SEXTA-FEIRA, 16 DE JUNHO, AS PARTIR DAS 11 HORAS
Alma Azul leva Mário Cesariny e Natália Correia à Biblioteca do Fundão
A Alma Azul apresenta na próxima sexta-feira, 16 de junho, às 11 horas, na Biblioteca Municipal Eugénio de Andrade, no Fundão, a sessão literária Mário Cesariny e Natália Correia, concebida para apresentações em bibliotecas municipais e feiras do livro.
Recorde-se que Mário Cesariny nasceu a 9 de agosto de 1923; e Natália Correia um mês depois, no dia 13 de setembro.
Seguir a colaboração de ambos, especialmente no domínio editorial que a volumosa (700 páginas) biografia O Dever de Deslumbrar, de Filipa Martins, escreveu sobre Natália Correia documenta, mas também numa seleção de poemas e atitudes de agitação cultural que ambos protagonizaram ao longo de várias décadas num país de censura prévia e com a liberdade de expressão condicionada.
Colmatar a envergonhada celebração do centenário do nascimento de Mário Cesariny é um dos motivos nucleares para esta sessão literária dedicada a um homem extraordinário e que no domínio da literatura deixou alguns dos poemas mais importantes da língua portuguesa como You Are Welcome to Elsinore ou O Navio de Espelhos.
Será a apresentação de um Mário Cesariny lírico em contraste com um Cesariny provocatório; a que se junta uma Natália Correia, que apesar da sua pose poética exuberante se revela também uma lutadora pela liberdade em Portugal, com amizades tão heterogéneas quanto improváveis, que será o fio condutor de uma narrativa que dará a conhecer duas personalidades que marcaram como poucas a vida cultural portuguesa do Século XX.
Natália Correia também através da sua carreira política, na Assembleia da República, onde protagonizou momentos inesquecíveis, e se posicionou sempre com uma forte liberdade individual, marca da sua personalidade desde criança, a crer nas provas que Filipa Martins apresenta na sua biografia.
Serão lidos os já citados poemas de Cesariny, a que a Alma Azul juntou Pastelaria e Exercício Espiritual.
Queixa das jovens almas censuradas, de 1957, e que José Mário Branco musicou e gravou em 1971; e Credo serão os poemas em destaque de Natália Correia para leitura.