Edição nº 1798 - 21 de junho de 2023

ETEPA RECEBE VISITA DA ANESPO
Ensino Profissional está bem e recomenda-se

A Escola Tecnológica e Profissional Albicastrense (ETEPA) recebeu, na passada sexta-feira, 16 de junho, a visita de uma equipa multidisciplinar com representantes da Associação Nacional de Escolas Profissionais (ANESPO), da Direção-Geral de Estabelecimentos Escolares (DGEST), do Ministério da Educação, do Programa Demografia, Qualificações e Inclusão (PDQI) do Portugal 2020, do Conselho Nacional de Educação.
Na receção realizada nas instalações da ETEPA, na antiga Escola da Horta D’Alva, o diretor da ETEPA, João Ruivo, começou por recordar que “estão numa escola que tem 30 anos, que foi criada pela ACICB - Associação Comercial e Empresarial da Beira Baixa, com o intuito de formar técnicos para a nossa rede de comércio e de empresas”, para concluir que “tem cumprido com bastante eficácia esse papel, pois já formamos mais de mil técnicos, apesar de sermos uma escola pequena, que nesse momento tem 150 alunos: Temos cinco cursos, temos um corpo docente altamente qualificado e com um plano de formação que abrange o corpo docente e corpo não docente, temos o plano de atividades que este ano foi amplamente superado. Só este ano já desenvolvemos 79 atividades extra curriculares”.
João Ruivo destacou que “temos o hábito de ouvir os nossos stakeholders com questionários permanentes”, bem como que “somos uma escola que permanentemente está atenta aos recados da sociedade, aos apelos da sociedade e aos interesses da sociedade. Temos excelentes relações com todas as instituições, o que se manifesta em 200 protocolos”.
Noutra vertente realçou que “temos 45 por cento de alunos que estão a ingressar no Ensino Superior com sucesso. Temos os cursos muito alinhados com as seis escolas do Instituto Politécnico de Castelo Branco (IPCB)”, pelo que “não há ninguém que frequente um curso nosso que não possa ter no IPCB uma possibilidade de prosseguimento de estudos”.
Acrescentou ainda que “92, 93 por cento dos nossos alunos ou arranjam emprego logo nos primeiros seis meses após a formação ou ingressam no Ensino Superior”.
Por tudo isto, João Ruivo afirmou que “achamos que estamos a cumprir uma missão, estamos a ajudar a cidade, o seu tecido económico, social, cultural e isso enche-nos de orgulho numa região em que temos que fazer o triplo para provar que somos iguais aos outros”.
Nessa matéria, o presidente da ANESPO, José Luís Presa, referindo-se “às zonas mais periféricas, socialmente mais deprimidas”, frisou que “há uma rede de escolas profissionais em todo o País, nas zonas mais desenvolvidas e nas menos desenvolvidas, sendo que nestas tem que haver uma atenção especial, tem de haver mesmo uma preocupação de apoiar de uma forma mais efetiva as escolas”.
José Luís Presa avançou que, “historicamente, as escolas profissionais vieram colmatar uma importante lacuna que tem a ver com a falta de uma política de qualificação profissional que deixou de existir depois do 25 de Abril. Havia as escolas industriais e comerciais, depois durante 15 anos não tivemos percurso de educação e formação, mas esse tempo não foi totalmente desaproveitado, pois temos que ter em conta que foi nesse período que se criou o Gabinete de Educação Tecnológica, Artística e Profissional (GETAP), que se pensou naquilo que poderia ser um novo modelo de desenho curricular, olhando para aquilo era feito e de melhor nos países da Europa e da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) e assim se construiu um modelo curricular que é extraordinário, muito interessante, muito positivo, que bem poderia ser mais potenciado e desenvolvido”.
José Luís Presa assegurou que “as escolas profissionais, de um modo geral, têm singrado, têm tido sucesso, são muito elogiadas”, para mais à frente defender que “olho para os jornais, para as televisões, olho para qualquer comunicação, mesmo no plano científico nas universidades, em colóquios, em conferências, e não vejo dizer mal das escolas profissionais. Então quem é que diz mal das escolas profissionais? Era bom apurar isto, seria muito importante apuramos quem são os emissores e quem vem dizer que não vão para as escolas profissionais porque não prestam”.
Também presente da receção, o presidente da Câmara de Castelo Branco, Leopoldo Rodrigues, deu os “parabéns” à ETEPA e garantiu que “o Ensino Profissional, no Concelho, tem provas dadas com a formação em contínuo de um número significativo de profissionais em diferentes áreas, profissionais que estão bem inseridos no tecido empresarial, que vingaram no seu percurso académico no Ensino Superior e que muitos deles já são empreendedores e contribuem para o desenvolvimento e para a criação de novas oportunidades de emprego”.
O autarca recordou que foi professor na ETEPA, para recordar que “a questão do Ensino Profissional e das suas dificuldades não são de hoje. Quando comecei, em 1998, já tínhamos este problema e discutíamos como devíamos valorizar o Ensino Profissional e comunicar o que são as suas mais-valias”, defendendo que “sempre houve, desde o 25 de Abril, dificuldade em se entender o papel das escolas profissionais”, para concluir que “compete às escolas profissionais, dirigentes, professores, alunos, desmistificar estes preconceitos”.
Focado na questão dos preconceitos, Leopoldo Rodrigues, sobre a pergunta se “será que isto é para os alunos normais, será que isto dá resposta ao meu filho, ou ao meu sobrinho”, garantiu que, “de facto, dá, a ETEPA e o Ensino Profissional têm provas dadas do que é a sua qualidade e mais do que isso a sua capacidade para integrar, porque este também é um aspeto muito importante, a capacidade para perceber diferença, para adequar os currículos e o próprio ensino àquilo que são as características dos alunos e aquilo que são as melhores competências desses alunos. Isto representa o sucesso do Ensino Profissional”.
Mais à frente, Leopoldo Rodrigues revelou que “sou um defensor acérrimo do Ensino Profissional” e avançou que como presidente de câmara “serei um embaixador do Ensino Profissional”.

António Tavares

21/06/2023
 

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