59 ANOS DA COLETIVIDADE, TRÊS DE KARTÓDROMO E NOVOS ÓRGÃOS SOCIAIS
Escuderia Castelo Branco em festa
A Escuderia Castelo Branco (ECB) esteve em festa no passado sábado, 22 de julho, com as comemorações do 59.º aniversário da coletividade, os três anos do Kartódromo e a tomada de posse dos novos órgãos socais, que foram eleitos a 14 de julho. Assim, ao longo do dia, o Parque de Desportos Motorizados de Castelo Branco, mais concretamente o Kartódromo, foi palco de várias atividades, desde corridas de karts a um jantar convívio.
João Lucas, que sucede a António Sequeira como presidente da Escuderia, afirma que o mandato de dois anos que agora inicia “é um desafio que gosto e que vou tentar fazer o melhor possível, obviamente, senão não me candidataria a ele. É uma coisa que gosto, mas no fundo também é uma continuidade do que eu fiz a vida inteira, que foi gerir empresas. Isto é uma empresa, é uma empresa que tem alguma dimensão e tem uma responsabilidade acrescida que é gerir o que não é nosso, isto é dos sócios, é de todos nós, e gerir o que não é nosso é uma responsabilidade acrescida”.
O novo presidente realça que “toda a minha ida passa um bocado pelos carros. É uma sorte que tive. Fiz sempre, mas sempre, durante a minha vida, aquilo que gostei de fazer, que foi andar nos carros, andar no meio dos carros, andar na competição. Tenho 65 anos, mas tenho 50 anos de carros, a fazer o que gosto. Foi um privilégio que tive e, daí, também acho que me é mais fácil continuar a desenvolver este projeto, que é um projeto que estou muito familiarizado. Não vou dizer que o domino, porque ninguém domina nada” e reforça que “este é um projeto dos sócios, todos nós é que somos a Escuderia, mas é um projeto que me sinto particularmente à vontade para desenvolver”.
João Lucas afirma que o objetivo do mandato “será continuar com o excelente trabalho que as anteriores direções fizeram”. Admite que a “parada está bastante alta, e ainda bem, para todos nós, e para a nossa cidade” e acrescenta que “sendo uma cidade do Interior é sempre mais difícil fazer algo, porque todos somos poucos”. Assim, continua, “é o nosso desafio, fazer algumas obras. Vamos ver o que vai acontecer, obviamente que é muito cedo para pensar noutros voos, para já é continuar o trabalho, uma vez que há obras em curso. O nosso trabalho assenta sempre muito em provas é esse o trabalho da Escuderia, as provas desportivas, a que vamos dar continuidade”.
As metas passam também por “desenvolver o karting, que também faz falta à nossa Região”, sublinhando que “uma grande parte dos clientes que temos aqui são Espanhóis e é sempre bom trazermos alguém mais para a nossa cidade”.
Ainda focado no Kartódromo, inaugurado há três anos, João Lucas realça que “era uma falta, uma lacuna que havia na nossa zona. Havia perto de nós, pois o Tortosendo tem um kartódromo, Abrantes tem kartódromo, Portalegre tem um kartódromo e Castelo Branco não tinha nada”. Destaca que essa é uma infraestrutura que que “devemos à Câmara. Obviamente que a Escuderia é a responsável pelo desenvolvimento, mas a Câmara é o grande investidor deste projeto, pelo que devemos à Câmara o bom trabalho feito”. Considera que a “aposta, aqui, é essencialmente desenvolver mais o kartódromo, porque penso que é a pedra basilar, é daí que pode vir o dividendo para nos sustentar o dia a dia”. Por tudo isto não duvida que “é uma aposta ganha. Uma obra que demorou 20, 30 anos a ser concretizada. A verdade é que ela hoje existe”.
Quanto há proximidade dos 60 anos da Escuderia, João Lucas assegura que “iremos fazer uma festa de arromba e queremos ter obra feita nessa altura. Queremos mostrar o nosso trabalho e merecer o lugar que nos foi confiado”.
Leopoldo Rodrigues
elogia trabalho
da Escuderia
O presidente da Câmara de Castelo Branco, Leopoldo Rodrigues, considera que o Kartódromo foi um investimento muito forte da Câmara” e acrescenta que “temos que ter sempre a perspetiva que a intervenção num território é uma intervenção continua e nenhum de nós faz nada sozinho”, para afirmar que “Castelo Branco hoje é aquilo que é resultado do trabalho dos autarcas que me antecederam. Posso referir os mais recentes, César Vila Franca, Joaquim Morão, Luís Correia e num período muito curto José Augusto Alves. E durante este período de tempo foram projetando um conjunto de investimentos e um conjunto de infraestruturas para a cidade que hoje a afirmam como uma cidade com dinâmica, que assume o seu verdadeiro papel de capital de distrito. Como se costuma dizer, as cidades precisam, sobretudo as cidades com a dimensão de Castelo Branco que é uma capital de distrito, precisam de estruturas e de equipamentos que a distingam de outras cidades de menor dimensão, ou que as afirmem perante cidades de igual dimensão ou muitas vezes cidades maiores”.
Tudo isto para avançar que “o Kartódromo que foi construído pela Câmara e depois foi protocolada a sua exploração com a Escuderia. É uma infraestrutura que atrai pessoas, é uma infraestrutura de excelente qualidade, precisa, é verdade, de alguma intervenção, e precisa alguma melhoria ou alguma correção de alguns aspetos que são inerentes à sua construção, mas já hoje é por si um fator de atratividade. Celebramos o terceiro aniversário, é ainda uma tenra idade, mas já é um trabalho de relevância na atratividade para Castelo Branco”.
No que se refere à Escuderia destaca que “é marca do Concelho e da Região. Foi sendo construída ao longo destes anos, com os muitos dirigentes”, aproveitando para “deixar uma palavra de agradecimento ao anterior presidente, António Sequeira”, para continuar que “tal como acontece ao nível do território também acontece ao nível das instituições, há um contínuo de intervenção que vão valorizando e vão dando projeção a essas instituições. A Escuderia é reconhecida como uma instituição que tem uma grande capacidade organizativa e tem capacidade de afirmação e, portanto, para uma instituição dessas a Câmara tem de dizer bem-haja pelo trabalho que realizam, pela forma como promovem o território e também pela entrega dos seus órgãos sociais áquilo que é uma causa que acaba por ser uma causa pública”.
António Tavares