Edição nº 1837 - 27 de março de 2024

253 ANOS
Homenagens marcam Dia da Cidade

As comemorações do Dia da Cidade de Castelo Branco, na passada quarta-feria, 20 de março, ficaram marcadas com a realização de uma Assembleia Municipal e com a homenagem a personalidades e instituições, com a Medalha de Ouro da Cidade, e aos funcionários da Câmara de Castelo Branco com mais de 25 anos de serviço, com uma medalha comemorativa da autoria do professor e escultor Albicastrense José Simão.
Assim, com a Medalha de Ouro da Cidade foi distinguido o tenente-coronel Vasco Lourenço, que é natural da Lousa, preside à Associação 25 de Abril e foi um dos capitães de abril, como forma de enaltecer o seu envolvimento na Revolução. Medalha de Ouro que foi também atribuída ao príncipe Aga Khan, pela sua divulgação do Bordado de Castelo Branco, sendo que devido a não ter podido estar presente na cerimónia receberá a distinção numa data a confirmar. José Figueiredo Martinho recebeu a Medalha de Ouro por ter sido presidente da comissão instaladora da Escola Superior de Educação (ESE) de Castelo Branco e pelo papel que teve na implementação do Ensino Politécnico em Castelo Branco. Nas personalidades foi ainda distinguido Jorge Amaral, fundador da Mecalbi. De igual modo receberam a Medalha de Ouro o Sport Benfica e Castelo Branco, que no passado domingo, 24 de março, comemorou 100 anos, e o Conservatório Regional de Castelo Branco, que celebrou 50 anos.
Nas intervenções realizadas na Assembleia Municipal, o presidente deste órgão, Jorge Neves, centrou a atenção nas redes sociais, para avisar que “vivemos tempos difíceis, em que prolifera o mal, o negativo, a difamação” e avançar que “as plataformas de comunicação, que deviam unir as pessoas, separam-nas”, sublinhando que “valoriza-se a crítica banal, banaliza-se o insulto. Infelizmente é este o estado a que chegamos” e defendeu que “devemos impor-nos contra esta praga do mal”.
Depois, Ernesto Candeias Martins, do MPT, afirmou que “este é um dia de festa e de reflexão”, para avançar que “a gestão do território é um enorme desafio para a autarquia”, ao mesmo tempo que “a emergência climática é um desafio para a cidade”, para concluir que outros desafios passam pela habitação e pela desertificação e o envelhecimento da população.
Também para João Ribeiro, do Chega, há que “olhar para as coisas boas e refletir o que correu menos bem”. Isto, para afirmar que “a cidade sofreu uma alteração muito rápida” e revelar “que é com preocupação que vejo a alteração da população que habita a nossa cidade. É muito preocupante a segurança percebida pelas pessoas”. Com os imigrantes como pano de fundo acrescentou que “essas pessoas não vão ser integradas. Vão ser integradas em guetos, vão alterar a nossa cultura”, salvaguardando que “não estou a dizer que não devemos receber as pessoas, devemos recebê-las de forma regulada”.
José Alberto Duarte, da coligação Partido Social Democrata/Centro Democrático Social – Partido Popular/Partido Popular Monárquico (PSD/CDS-PP/PPM), revelou “preocupações”, depois de dois anos de mandato do executivo camarário, para defender que “a cidade e o Concelho precisam urgentemente de uma política de natalidade, de apoio à juventude, aos casais jovens, de saúde, de educação, de investimento, de apoio à produção primária, ao turismo, à terceira idade”.
António Fernandes, do SEMPRE – Movimento Independente, também afirmou que “a celebração é sempre um momento de reflexão”, para realçar que “o futuro deve ser planeado. O futuro exige ação” e defendeu que “justificar o futuro com o passado é inação”. Tudo para defender que “sejamos capazes de agir por Castelo Branco”, sublinhando que “a política é um debate de ideias, nunca pode ser o ataque pessoal”. António Fernandes defendeu que “as potencialidades de Castelo Branco devem ser aproveitadas”, apontando alguns caminhos, e reiterou que “o futuro exige ação. A inação não serve. Com ação Castelo Branco poderá ser um exemplo”.
Da bancada do Partido Socialista (PS), José Dias Pires, realçou que “importa não esquecer o nosso passado mais longínquo e mais próximo, para perceber como sociologicamente se fez esta cidade, e saber que fisicamente a cidade está feita e sociologicamente ainda está incompleta. Importa viver, e contrariar, este presente que nos quer empurrar para o envelhecimento sociológico e o esvaziamento cultural, como se tudo se resumisse aos ditames, para não dizer à ditadura, da globalização financeira e da economia impositiva dos interesses”. Por isso, continuou “obrigamo-nos a aproveitar as sinergias comunitárias e a gerir de forma coordenada as nossas potencialidades e capacidades de oferta que contribuam para o aparecimento de novas oportunidades de trabalho e, naturalmente, de emprego”. Para José Dias Pires, “todos os dias começamos o futuro”, sendo que “o nosso futuro é um futuro urbano, é um futuro rural, é um futuro concelhio, regional, interior. Mas só o será verdadeiramente se representar o fim de todos os bairrismos bacocos (sociais, culturais, económicos e, principalmente, políticos)”.
Por seu lado, o presidente da Câmara de Castelo Branco, Leopoldo Rodrigues, começou por destacar que Castelo Branco “é uma cidade moderna e desenvolvida”, para mais à frente se referir à “ação do executivo”, porque e”estamos a olhar pelo desenvolvimento de Castelo Branco”.
Depois de se referir à obra feita e a fazer, Leopoldo Rodrigues destacou também “uma nova relação com a Câmara de Belmonte”, ao referir-se a um protocolo assinado na sessão, entre as duas autarquias referente ao projeto Caravela Digital, um projeto de estreitamento da relação com Belmonte e com empresários Brasileiros, no âmbito do Programa de Inovação Brasil - Portugal.
António Tavares

27/03/2024
 

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