TURISMO CENTRO DE PORTUGAL
“Sem aeroporto ,é prioritário investir nas acessibilidades”
O Turismo Centro de Portugal, depois do Governo ter anunciado que o novo aeroporto, que se chamará Luís de Camões e ficará localizado em Alcochete, saúda o executivo pela decisão, mas “considera que o Centro de Portugal e todos os que vivem nesta região, a maior do País, têm razões legítimas para se se sentirem apreensivos”.
Uma posição que é defendida porque “o Centro de Portugal tem múltiplas razões de queixa a nível das acessibilidades”, daí que “encarar com seriedade esta questão é fundamental para o desenvolvimento do Centro de Portugal, em todas as áreas de atividade, no turismo, de forma evidente, mas também na indústria, na agricultura e em tantas outras”.
O Turismo Centro de Portugal afirma que “um aeroporto que, além de Lisboa, servisse os interesses do resto do País, como era a opção Santarém, teria sido mais adequado para a coesão territorial”. Tudo para adiantar que “assim, o Centro de Portugal vai continuar a ser a única região do País que não é servida por um aeroporto” e sublinhar que “não tendo sido possível, então que os decisores políticos olhem com atenção redobrada para a necessidade de investir nas acessibilidades do Centro de Portugal e que desenvolvam, já a partir de hoje, um plano de mobilidade que sirva de forma adequada todo o território” garantindo que “o Governo sabe que pode contar com a total disponibilidade da Turismo Centro de Portugal para um diálogo construtivo sobre esta matéria”.
Em nota enviada à Comunicação Social é destacado que “a região Centro tem 100 municípios e uma grande parte deles são no Interior. É uma região mal servida por ferrovia. As obras da Linha da Beira Alta, que se eternizaram, são um exemplo paradigmático desta realidade incontornável. Um visitante que pretenda percorrer a região por ferrovia não o consegue fazer de forma aceitável. A aposta na mobilidade suave, com reforço da linha ferroviária, é essencial”.
Por isso é defendido que “na rede viária, é prioritário avançar com a transformação do Itinerário Principal 3 (IP3) em autoestrada, assim como executar o prometido Itinerário Complementar 31 (IC31), entre a Autoestrada da Beira Interior (A23) e Espanha, via Monfortinho, entre outras obras que fazem falta. Não menos fundamental é expandir as infraestruturas de carregamento para veículos elétricos, o Centro é, mais uma vez, muito deficitário na mobilidade elétrica, em especial no Interior, e aumentar a oferta de transporte público na região, olhando para esta rede de forma holística e integrada”.
Para o Turismo Centro de Portugal estes “são investimentos prioritários e que o País precisa de realizar, sob pena de as assimetrias regionais se agravarem” e conclui que “estamos certos de que o Centro de Portugal, quem aqui vive, trabalha ou visita, não merece menos do que isto”.