Edição nº 1850 - 26 de junho de 2024

APOIOS ÀS ASSOCIAÇÕES DESPORTIVAS
Os documentos da discórdia

Os apoios às associações desportivas estiveram de novo no centro da polémica, na sessão pública da Câmara de Castelo Branco realizada na passada sexta-feira, 21 de junho. Desta vez não esteve em causa o atraso ou o valor dos subsídios, mas a forma como os documentos foram entregues ao SEMPRE – Movimento Independente.
A questão foi levantada pelo vereador Jorge Pio, ao revelar que o SEMPRE recebeu os documentos em papel, mas pediu que lhe fossem fornecidos em formato digital, acompanhados da informação fornecida pelos clubes, o que “foi negado, por serem considerados documentos internos”. Jorge Pio explicou que os documentos foram pedidos em formato digital, mais concretamente em Excel, porque “em formato papel, temos que fazer as tabelas, que já estão feitas”.
Jorge Pio acrescentou que “é natural aceder ao maior número de informação possível”, pelo que, “enquanto vereadores, solicitamos essa documentação”, para defender que “se não nos é facultada, poderá estar em causa a criação de obstáculos, para que não desempenhemos adequadamente o nosso trabalho”.
Assim, a pergunta que se coloca é “se um documento interno não deve ser fornecido aos vereadores”.
Pergunta que foi complementada, com Luís Correia a realçar que “os vereadores fazem parte do executivo”, pelo que “a desculpa de serem documentos internos não deve ser utilizada”.
Na resposta, o presidente da Câmara, Leopoldo Rodrigues, que “foram-lhe entregues todos os documentos. Todos os documentos que fundamentam a atribuição de apoios foram-lhe entregues em papel”.
Resposta à qual Jorge Pio retorquiu, ao reforçar que “não podem disponibilizar a informação em formato digital, porque é documentação interna”, para reiterar que tal representa “uma obstrução à nossa ação”, além de evidenciar “uma mudança de postura de fevereiro para agora, porque em fevereiro recebemos em formato digital”.
Jorge Pio fez ainda questão de deixar claro que “não estamos aqui para fiscalizar. Nós fazemos parte da decisão. Não queremos fiscalizar. Isso cabe à Assembleia Municipal”.
Tudo para assegurar que “temos que ter informação, para podermos trabalhar. Se nos dá folhas de Excel em papel, obriga-nos a fazer as tabelas” e concluiu que “”é uma questão política, de sensibilidade política, porque quando pedimos informação é de forma responsável”.
Afirmações que fizeram aquecer ao ânimos, com Leopoldo Rodrigues a recuar ao início do seu mandato, ao lembrar que “quando os vereadores do Partido Socialista (PS) entraram na Câmara, não tiveram uma reunião com os membros do anterior executivo, que também eram do PS. Nada nos foi passado e estamos a falar de informação e o senhor (Jorge Pio), enquanto vice-presidente, não fez uma reunião, não deixou um dossier sequer”.
Isto para realçar que, “agora, vem dizer que queria informação dada de certa maneira” e defender que “temos que ser consequentes com os nosso atos” e concluir que “não passou os dossiers que devia ter passado. Renegou informação. O senhor é que sonegou informação à Câmara”.
António Tavares

26/06/2024
 

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