Edição nº 1852 - 10 de julho de 2024

PEDRO NUNO SANTOS DEFENDE
“Continuamos a precisar de desenvolver o nosso Interior de Portugal”

O secretário-geral do Partido Socialista (PS), Pedro Nuno Santos, defende que “continuamos a precisar de desenvolver o nosso Interior de Portugal”. A afirmação foi proferida na passada segunda-feira, 8 de julho, no final de uma visita ao Museu Cargaleiro, em Castelo Branco, integrada nas Jornadas Parlamentares do PS, que decorreram segunda e terça-feira, 8 e 9 de julho, no Distrito de Castelo Branco. No primeiro dia, 8 de julho, coma visita a várias empresas e instituições nos 11 concelhos do Distrito. Isto, enquanto no segundo dia, terça-feira, 9 de julho, as Jornadas continuaram com a abertura pelo presidente da Câmara de Castelo Branco, Leopoldo Rodrigues, e pela presidente do Grupo Parlamentar do PS, Alexandra Leitão.
Os trabalhos continuaram com o painel O Estado da Nação, Democracia e Cidadania, com José Reis, economista e professor da Universidade de Coimbra, e Sofia Serra Silva, investigadora no Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa (ICS), com a moderação de Patrícia Caixinhas; e o painel Desafios e prioridades para a coesão territorial, com Elisa Ferreira, comissária europeia para a Coesão e Reformas, João Lobo, presidente da Comunidade Intermunicipal da Beira Baixa (CIMBB) e da Câmara de Proença-a-Nova, e Ana Palmeira de Oliveira, empresária, professora na UBI e presidente da Associação Empresarial da Beira Baixa (AEBB), com moderação de Nuno Fazenda.
As Jornadas Parlamentares terminaram com uma intervenção do secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos.
Depois de visitar o Museu Cargaleiro, Pedro Nuno Santos afirmou que as Jornadas Parlamentares eram algo “positivo num distrito com o qual temos uma relação muito próxima. O PS foi tendo, ao longo dos anos, a sorte de ter sistematicamente renovado a confiança do povo deste distrito e é por isso com muito gosto, também, que vimos cá e porque queremos sinalizar a importância para nós, foi assim na campanha, continua a ser do Portugal inteiro e não nos esquecermos de uma grande parte do território que tem tanto para dar. E aquilo que pudemos ver, ao longo deste dia, foi exatamente isso, que o Distrito de Castelo Branco, diferentes concelhos, não só a capital do Distrito, mas vários concelhos têm muito para dar do ponto de vista económico, cultural. Foi uma visita muito proveitosa”.
Questionado quanto às necessidades do Distrito, Pedro Nuno Santos começou por afirmar que “há muitos anos que existem e continuam, apesar dos investimentos que foram feitos”, porque “continuamos a precisar de desenvolver o nosso Interior de Portugal”, para sublinhar que o Interior “tem provado que apesar dos constrangimentos que vai enfrentando, o povo desta região tem conseguido superar, mas obviamente que há um dever muito grande de solidariedade e há um investimento que tem que continuar a ser feito no Interior do nossos país, não só para fazer justiça às pessoas que cá vivem, mas para que Portugal possa aproveitar na plenitude o seu território”.
Pedro Nuno Santos assegurou que “fizemos bem isso no passado. Nestes últimos anos foi feito um investimento muito importante e temos que continuar esse caminho”, para de seguida realçar que, “infelizmente, deixamos de ouvir falar do Interior, por parte do Governo”. Admite que “ainda é muito recente, o Governo, mas a verdade é que o Interior desapareceu do discurso”. Tudo isto, para avançar que “mesmo com as portagens, que foi uma batalha importante que se foi travando, o PS foi ao longo de vários anos, enquanto esteve no Governo, reduzindo e agora apresentamos uma proposta para isentar, para fazer a última redução, e, infelizmente, tivemos resistência por parte de quem governa o País. O que quer dizer que há ainda um trabalho muito importante para fazer, para se reconhecer as dificuldades que o Interior tem e porque é que é tão necessário fazermos justiça”. Nesta matéria defende que o “caso das portagens é paradigmático, porque é verdade que defendemos e apresentamos uma proposta para isentar as portagens, mas não estamos a privilegiar o Interior. Na realidade grande parte dos investimentos que se fazem no País em matéria de mobilidade são para o Litoral. O investimento que fizemos de milhares de milhões de euros que fazemos no Metro, ou as centenas de milhões de euros do Fundo Ambiental para financiar o passe único nos grandes centros urbanos, obviamente esse é um investimento muito importante que os governos do PS fizeram nos grandes centros urbanos, mas nós temos de fazer investimento, fazer justiça ao Interior que não sabe o que é uma rede coletiva de transporte, uma grande parte do Interior, e precisam obviamente de investimento do Estado. As portagens são um pequeno exemplo, é um símbolo que o País tem de olhar para o Interior de Portugal como uma oportunidade de desenvolvimento e não um peso”.
Pedro Nuno Santos afirma igualmente que “quando o País decide desenvolver política económica para apoiar o desenvolvimento tem que ter um olhar especial para o Interior de Portugal”, porque “para não estarmos permanentemente a reproduzir a concentração da riqueza numa pequena faixa estreita do Litoral do País, as políticas têm que direcionar também no investimento para o Interior de Portugal e eu julgo que essa estratégia não existe por parte deste Governo”.
Já quanto à visita ao Museu Cargaleiro, Pedro Nuno Santos destacou que “o PS tem uma relação de amizade, pelo menos dois dos nossos maiores militantes, o doutor Mário Soares e o doutor Jorge Sampaio tinham uma relação de grande amizade com Manuel Cargaleiro e essa amizade e admiração estende-se não só a todo o País, mas ao meu partido em particular e, por isso, vir cá é uma homenagem que fazemos a um dos maiores da nossa arte contemporânea”.
Focado na arte, Pedro Nuno Santos avançou também que “essa ideia de que só podemos ter arte e cultura nos grandes centros urbanos não pode persistir e, por isso, esta iniciativa foi muito importante, a iniciativa de Castelo Branco conseguir segurar esta vasta coleção, que deve continuar, porque é importante. Para já é importante para as populações que aqui vivem poderem usufruir daquilo que o ser humano, nomeadamente os Portugueses, neste caso Cargaleiro faz, mas também a oportunidade de outras pessoas de fora poderem visitar a cidade e entre as muitas atrações esta ser uma delas. É muito importante que a arte, a cultura esteja descentralizada o que nem sempre acontece”.
António Tavares

10/07/2024
 

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