Edição nº 1873 - 11 de dezembro de 2024

João Carlos Antunes
Apontamentos da Semana...

A LIDERANÇA É FUNDAMENTAL para o sucesso de um qualquer projeto. E um líder tem de possuir algumas qualidades, como uma visão clara dos objetivos que serve de guia e motiva os membros da equipa a trabalharem em direção a um objetivo comum. Saber comunicar de forma clara, concisa e transparente com sua equipe, promovendo um ambiente de confiança e colaboração. Cultivar a empatia, para construir ambientes fortes e motivadores, ajudando a equipa a superar desafios.
Estamos a falar de lideranças positivas, a base do sucesso de uma empresa, de uma escola, hospital, equipa de futebol ou de uma comunidade mais ou menos vasta. Exemplo claro foi o que se viu muito recentemente numa equipa de futebol que tinha um treinador com todas as qualidades de uma boa liderança. Somava vitórias, jogava o melhor futebol do campeonato. A mudança de líder, fez desmoronar uma equipa que parecia indestrutível, mesmo que os jogadores sejam os mesmos. O mesmo se poderia aplicar a uma qualquer empresa comercial ou industrial, ou à governação de um País onde um governo depois dos famosos três meses de lua de mel, com a comunicação social e com os eleitores, tem de apresentar um rumo claro, bem definido e firme nas suas ideias para o país que sejam aceites e compreendidas pela generalidade dos cidadãos, mesmo na aplicação de medidas difíceis.
Falamos de lideranças democráticas, aceites e escrutinadas em eleições. E há as lideranças autoritárias como a da família Al-Assad, que esteve no poder na Síria desde 1970.Apesar de, constitucionalmente, a Síria ter um regime republicano, viveu-se ali dezenas de anos sob o reinado de uma ditadura familiar, sanguinária, que meteu na prisão, torturou e matou milhares, muitos, de opositores e que lançou o País numa guerra de civil que resultou em perto de 500 mil mortos e quase 40 milhões de refugiados e deslocados, pressionando as fronteiras da Europa e da Turquia. Uma liderança baseada no medo e no terror termina como esta, quase sempre com o ditador a fugir para país amigo, a tempo de não ser morto ou preso pelos novos líderes.
Quando cai um ditador, ninguém sai à rua para o defender, inundam-se as ruas de gente que festejam em euforia a liberdade e para destruir os símbolos, como estátuas e palácios, do anterior regime. O regime caiu em poucos dias às mãos dos rebeldes, apodrecido, sem apoios dos suportes habituais da Rússia e Irão, envolvidos noutras guerras. Os próximos tempos serão decisivos para a Síria e para a segurança da região. O líder dos rebeldes, tem agora um discurso moderado e pacificador, mas como fundamentalista islâmico, já foi combatente pela Al Qaeda e ele, bem como o grupo que chefia e que liderou a revolta, o HTS, são qualificados como terroristas, com a cabeça a prémio. Não sabemos se numa operação de charme para com o ocidente e países vizinhos ou se por convicção (até mudou de nome) faz promessas de moderação, respeito e inclusão, liberdade e igualdade das mulheres. Lembramos as promessas, rapidamente esquecidas, de novos tempos e respeito pelos direitos humanos no regresso dos talibãs ao poder no Afeganistão. Esperemos que na Síria sejam mesmo para cumprir. Pelo menos é no que acreditam tantos milhares de sírios refugiados nos países vizinhos, que no dia seguinte à queda de ditador, de automóvel ou a pé faziam fila na fronteira para regressarem as suas casas, às suas terras.

11/12/2024
 

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