Edição nº 1882 - 12 de fevereiro de 2025

Patrícia Bernardo
“O AMOR NÃO VIVE SÓ DO DIA DOS NAMORADOS”

Todos os anos, a 14 de fevereiro, o Dia dos Namorados, ou Dia de S. Valentim é celebrado com flores, jantares especiais e declarações apaixonadas. As ruas enchem-se de corações, as lojas promovem ofertas românticas e as redes sociais tornam-se palcos de demonstrações públicas de afeto.
No entanto, por mais bonita que seja esta celebração, é essencial refletir: será que o amor deve ser resumido a um único dia?
A verdade é que o amor não sobrevive apenas de gestos grandiosos e momentos pontuais. Tal como uma planta, o amor precisa de ser cuidado diariamente, alimentado com atenção, empatia e gestos de carinho. Reduzi-lo a um evento anual pode desvalorizar a profundidade das relações e o compromisso que elas exigem.
O amor genuíno não se manifesta apenas em dias marcados no calendário, mas nas pequenas ações que constroem uma relação sólida ao longo do tempo. Um “bom dia” caloroso, um abraço espontâneo, ouvir verdadeiramente o outro ou preparar uma refeição favorita sem aviso prévio são exemplos de como podemos demonstrar afeto no dia-a-dia. Estes gestos simples, mas significativos, fortalecem os laços e mostram que a outra pessoa é valorizada e amada todos os dias.
É fácil ser romântico num dia como o Dia dos Namorados, quando tudo à nossa volta nos convida a celebrar. Mas o verdadeiro desafio está em manter a chama acesa no meio das rotinas, das responsabilidades e dos desafios diários, bons e maus. As relações exigem esforço, paciência e a capacidade de superar conflitos sem perder o respeito e a admiração pelo outro.
Dedicar tempo de qualidade, comunicar de forma aberta e expressar gratidão são práticas que devem estar presentes em todos os momentos, não apenas em ocasiões especiais. Amar alguém é, afinal, um compromisso diário de escolha e cuidado.
E parece-me importante lembrar que o amor não se resume apenas ao romance entre casais. O Dia dos Namorados pode ser uma oportunidade para celebrar todas as formas de amor (pelos amigos, pela família e até por nós próprios).
Se queremos relações fortes e significativas, devemos olhar para além do superficial e investir nos detalhes que, realmente, importam. Porque, no final, o verdadeiro presente não são as flores ou os chocolates, mas o compromisso e o cuidado que dedicamos ao outro, todos os dias do ano.
“ O Amor não se vê com os olhos, mas com o coração” (William Shakespeare)
(Psicóloga Clínica e da Saúde)

12/02/2025
 

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