Edição nº 1894 - 7 de maio de 2025

COM VOTO DE CONGRATULAÇÃO POR ESTAR EM ESTUDO O IP31 E A BARRAGEM DO ALVITO
Uma Assembleia Municipal repleta de perguntas

A Assembleia Municipal de Castelo Branco realizada dia 29 de abril, além da votação das contas da Câmara e dos Serviços Municipalizados (ler notícia), ficou marcada por um período de antes da ordem do dia repleto de perguntas dirigidas ao presidente da autarquia, Leopoldo Rodrigues.
Ernesto Candeias Martins, do MPT, entre outras questões, quis saber o ponto de situação das residências de estudantes, não deixando de se referir à que foi apresentada para o Mercado Municipal (Praça), e da preparação da época de incêndios.
Já com o foco na segurança, João Ribeiro, do Chega, perguntou “quantos imigrantes tem o Concelho”, bem como “é que esses imigrantes estão a viver”.
Por seu lado, Miguel Barroso, da coligação do Partido Social Democrata/Centro Democrático Social – Partido Popular/Partido Popular Monárquico (PSD/CDS-PP/PPM), abordou a notícia da abertura da formação em Direito, pela Universidade de Lisboa, em Castelo Branco.
Já na sua intervenção, o presidente da Junta de Freguesia de Louriçal do Campo, Pedro Serra, eleito pelo SEMPRE – Movimento Independente, questionou, “no final do mandato, o que foi feito pelo Louriçal do Campo”, para responder que “nada foi feito. O que foi feito já vinha do mandato anterior”, para concluir que “prometeu, não cumpriu”, o que considera “uma falta de respeito pela Freguesia e pelos residentes”, para apontar ainda para “o abandono, o desprezo, a discriminação”.
Carlos Antunes, da coligação PSD/CDS-PP/PPM, apresentou uma sugestão. Em causa está a “estrada de circunvalação Norte de Castelo Branco, que liga à A23 e tem uma ligação para o Parque de Campismo, que se justifica reabrir”.
Da bancada do SEMPRE, Ana Lourenço centrou-se nas “intervenções e projetos anunciados, de fachada, que não vão de encontro ao esperado pelos cidadãos”. E avançou com exemplos, referindo-se à “fonte luminosa, construída por cima de um parque de estacionamento que necessita de obras urgentes”, para concluir que “as reais necessidades estão a ficar para trás”.
Também do SEMPRE, Armando Ramalho afirmou que, “no último ano houve uma nova alternativa de transporte urbano, as Binas”, para perguntar “para quando a conclusão da rede de ciclovias”, aproveitando para avançar que nestas foram aplicados “zero euros”, o mesmo acontecendo com “projetos na área do turismo e na Escola de Chefes”.
Leopoldo Rodrigues, no que respeita às residências de estudantes, informou que no que se refere à antiga Pensão Arraiana “estamos a aguardar a aprovação da Autoridade Nacional de Proteção Civil, para lançar o concurso”, enquanto em relação à Residência de Estudantes Calouste Gulbenkian explicou que “a antiga Delegação Escolar tem lá o arquivo, em dois ou três pisos: Já fizemos contactos e já procuramos fazer a mudança, mas não foi possível”, sendo que tal invalida o avanço do projeto.
Na área dos incêndios florestais, Leopoldo Rodrigues garantiu que tudo está a ser preparado, assegurando que “vamos ter duas máquinas de rastos” e sublinhou que “foram instalados quatro depósitos de água de 700 metros cúbicos”.
Na resposta a João Ribeiro avançou que, “com a Comunidade Intermunicipal da Beira Baixa (CIMBB) está uma prestação de serviços com o Instituto Politécnico de Castelo Branco (IPCB), para levantamento do número e das condições em que se encontram os imigrantes, no Concelho”.
Sobre a Faculdade de Direito, assegurou que o Politécnico não está a ser menorizado, até porque “a Câmara age para o Politécnico ser um parceiro importante” e explicando os passos dados até agora perguntou se “não diminuindo o Politécnico, temos ou não interesse na Faculdade de Direito”.
Na resposta a Pedro Serra, frisou que “falou do Multibanco, mas esqueceu-se de falar nos columbários. A intervenção na estrada exige o envolvimento da Câmara do Fundão, senão só se repara parte” e garantiu que “o projeto está pronto para avançar”. Reforçou ainda que “o Mundo não acaba em quatro anos” e acrescentou que “omite a disponibilidade da Câmara para resolver o problema gravíssimo do Centro de Noite”.
Quanto ao troço de ligação ao Parque de Campismo, afirmou a Carlos Antunes que “não sei porque está interdito”, para assegurar que “vamos ver a importância do reabrir”.
Leopoldo Rodrigues, dirigindo-se a Ana Lourenço, afirmou que “fala de obras que são fachada”, assegurando que “não são de fachada”, apresentando vários exemplos e juntou que “a Escola de Chefes não tem zero de execução. Já está no terreno”. Focou-se também no “parque de estacionamento da Devesa que está degradado. Temos consciência disso. Está estudada a causa das infiltrações e como podemos resolver”, revelando que há “257 mil euros para o projeto de intervenção”.
Na reunião da Assembleia Municipal foi apresentado, pela coligação PSD/CDS-PP/PPM um voto de congratulação pelo Governo avançar com os estudos para a implementação do Itinerário Principal 31 (IP31) e da Barragem do Alvito, no Rio Ocreza. Voto de congratulação que foi aprovado, por maioria, com dois votos contra do Chega, depois de algumas alterações introduzidas no texto.
Na discussão deste voto de congratulação, João Ribeiro denunciou que “isto é gozar com as pessoas. Por respeito devia ser retirado”. O que valeu críticas de Miguel Barroso, ao destacar que “o voto de congratulação não é sobre um partido. É sobre o País e a Região” e acusou o Chega de “ter uma opinião na Assembleia de Freguesia e outra na Assembleia Municipal. É um cata-vento”.
António Tavares

07/05/2025
 

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