Edição nº 1896 - 21 de maio de 2025

EM SESSÃO PÚBLICA DE 16 DE MAIO
SEMPRE bombardeia Leopoldo Rodrigues com perguntas na sessão de Câmara

A sessão pública da Câmara de Castelo Branco realizada na passada sexta-feira, 16 de maio, foi dominada pelas perguntas colocadas pelos vereadores do SEMPRE – Movimento Independente, ao presidente da autarquia.
O rol de questões teve início com Luís Correia, ao perguntar sobre “o problema de pagamento de horas extraordinárias aos funcionários da residência de estudantes”, assim como acerca do “prometido apoio aos pilotos jovens (de automóveis) de Castelo Branco” e “o prometido estudo sobre as infiltrações no parque de estacionamento da Devesa”, ao que acrescentou ainda que “obras serão inauguradas, de todas as promessas feitas”.
Já Jorge Pio começou por afirmar que “em final de mandato” há “algumas conclusões”, considerando que este foi “um mandato medíocre, sem visão e sem coerência”, sendo que “o modus operandi” se caracterizou por “apresentar um conjunto sem fim de incongruências”. Partindo desta posição, com foco na pós-graduação em Direito, perguntou “porque é que o Instituto Politécnico de Castelo Branco (IPCB) não foi dos primeiros a ser ouvido” e referindo que em relação à estrada da Lisga, Leopoldo Rodrigues afirmou que «não interessa o rácio por habitante», assegurou que “não teve o mesmo critério para o Multiusos de Cebolais-Retaxo”, pretendendo saber “porque foi abandonado”. A Destilaria de Santo André das Tojeiras também esteve no centro das atenções, ao “referir que, primeiro, era o problema dos resíduos, em 2023 afirmou que ia abrir brevemente, mais recentemente foi aprovado o preçário. Agora, que não conseguiu fazer nada, o problema é a localização”.
Jorge Pio confrontou ainda o presidente da Câmara com outras questões relacionadas com as ciclovias, em relação às quais “disse em 2022 que ia reformular o projeto, mas passado dois anos nem um cêntimo”; o Tribunal Central Administrativo (TCA), “disse que os pedreiros estariam lá no dia seguinte, mas até ao dia de hoje há a dúvida se o projeto está elaborado”, além de que “só depois de Coimbra avançar com a proposta de instalações provisórias, é que reagiu e avançou com a possibilidade de instalações provisórias”, o Mercado Municipal (Praça), para o qual a “requalificação já foi anunciada duas vezes e, para já há fachadas em duplicado”, por um lado “a pintura da fachada” e por outro “a fachada que é esta obra”, acrescentando ainda que discorda da proposta da residência de estudantes no primeiro piso, apontando sim para “uma cozinha com produtos endógenos”; e a Escola de Chefs, que “se é tão importante, porquê uma instalações de três milhões de euros e só prontas em 2027”, questionando “se não podia ser já, em instalações provisórias”.
Leopoldo Rodrigues, na resposta a Luís Correia, afirmou que “as horas extraordinárias são pagas este mês”, em relação aos pilotos, avançou que “não foram prometidos apoios. Foram pedidos e a questão está a ser analisada”, e sobre ao estacionamento da Devesa “sublinhou que é um problema com 20 anos, que não foi resolvido e o será agora”.
Já na resposta a Jorge Pio destacou que o vereador “tem características de criticar. Até se critica a si próprio”, dando como exemplo a Destilaria. No que respeita ao TCA realçou que “sabe o que as obras significam (em termos de tempo)”, para mais à frente realçar que “foi vereador oito anos e nunca teve capacidade para trazer o Tribunal”.
Quanto à pós-graduação em Direito, Leopoldo Rodrigues sublinhou que “não sei que fantasmas vê. O que se pretende, se possível é a criação de um curso de Direito em Castelo Branco, que não existe em todo o Interior, e isso só é possível com uma universidade, daí a Universidade da Beira Interior”.
Em relação ao Multiusos de Cebolais-Retaxo o autarca recordou que “o concurso ficou deserto, enquanto no que respeito às ciclovias recordou, entre outros pontos, as que acabavam num estacionamento e a polémica com a ciclovia na Avenida Pedro Álvares Cabral”. Isto enquanto no caso da Praça questionou “se o aspeto exterior era adequado” e sublinhou que a “pintura do exterior, não implica com a requalificação interior”.
Por seu lado, Luís Correia, com base nas ciclovias, avançou ainda que na “prometida ecovia Cebolais-Castelo Branco-Alcains foram gastos zero euros” e de caminho aproveitou para perguntar se a construção, em Castelo Branco, do “Multiusos, não põe em causa a construção do viaduto (sobre a linha férrea, entre a rotunda da Rua Pedro da Fonseca e a Rua Adelino Semedo Barata)”, com Leopoldo Rodrigues a garantir que não.
António Tavares

21/05/2025
 

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