COM UMA SESSÃO SOLENE COMEMORATIVA
Penamacor assinala Dia do Concelho com homenagens e música
Penamacor assinalou o Dia do Concelho, que é comemorado a 1 de junho, com uma Sessão Solene Comemorativa, que decorreu dia 31 de maio. O programa começou com um momento musical pelo Pólo de Penamacor da Academia de Música e Dança do Fundão, seguindo-se a sessão, no Salão Nobre dos Paços do Concelho, que incluiu a entrega de medalhas de Bons Serviços de Grau Prata aos trabalhadores da Câmara de Penamacor que, durante um período superior a 20 anos, tenham desempenhado as suas funções com assiduidade, dedicação, zelo e competência, e de Mérito Municipal - Grau Prata a Armando Gertrudes Martins, pelo trabalho meritório desenvolvido na promoção e divulgação da arte contemporânea, que se considera resultar no aumento de prestígio do Concelho.
Armando Martins agradeceu a distinção, “que acho que não mereço. O que fiz foi a execução de uma ideia muito antiga, que nasceu há mais de 50 anos”, referindo-se ao Museu de Arte Contemporânea Armando Martins (MACAM), inaugurado dia 22 de março deste ano. “Este foi um contributo que pretendi dar ao País. A pouco e pouco estamos a colocar o projeto em curso e todos os presentes nos podem visitar”, acrescentou, lembrando que foi em Penamacor que andou na escola e onde fez os primeiros amigos, pelo que “considero-me Penamacorense”. A vice-presidente da Câmara de Penamacor, Ilídia Cruchinho, destacou que “este é um dia especial, instituído em junho de 2003, com o propósito de homenagear e valorizar a história, a cultura e a identidade do Concelho”. A autarca lembrou que Penamacor carrega séculos de história, uma vez que “os vestígios mais remotos apontam para horizontes pré-históricos. No entanto, a sua afirmação oficial começa em 1209, com a concessão do primeiro foral, por D. Sancho I, há 816 anos. Posteriormente, D. Afonso II confirmou este foral em 1217 e, diante do crescimento da vila, D. Dinis sentiu a necessidade de a cercar com uma nova muralha, que foi reforçada ao longo dos reinados seguintes. Em 1520, D. Manuel concedeu a Penamacor uma nova carta de foral, um documento que reafirma a identidade Penamacorense, a nossa ancestralidade e valoriza as tradições e o património cultural das nossas gentes. Foi justamente este acontecimento, de grande importância histórica e cultural, que deu origem à data da comemoração do Dia do Concelho em Penamacor”.
Ilídia Cruchinho acrescentou que “momentos como este ajudam-nos a valorizar quem somos e de onde viemos e inspiram-nos a pensar no futuro do nosso concelho. Por isso e muito mais, esta celebração é importante e tem um significado especial para todos”.
Por seu lado, o presidente da Câmara de Penamacor, António Luís Beites Soares, parabenizou os homenageados e lembrou que Penamacor “tem uma história rica e muito nobre, com um património material e imaterial fabuloso”, acrescentando que “não só de história e memória vivem os povos e que é necessário aproveitar e potenciar essa história e esse património tornando-os uma mais-valia para o Concelho”. Para o autarca a pandemia vivida há cerca de cinco anos atrás mudou o paradigma, referindo que, “obviamente, houve a parte negativa da pandemia, mas dali emergiu também um enorme potencial para alguns territórios. Toda a faixa raiana de Portugal nutre um sentimento completamente diferente de há cinco anos atrás. Muita da população flutuante, que estava desligada das suas terras, regressou durante a pandemia e muitos ainda cá continuam em teletrabalho. Temos que saber aproveitar esse potencial do trabalho à distância que é maior aqui que nos grandes centros urbanos. Também registamos um aumento da população estrangeira e o desafio é criar condições para que estas oportunidades se tornem reais. Creio que a curto/médio podemos inverter a curva ainda negativa do despovoamento”.
Recorde-se que, noite dentro, decorreu, ainda, um concerto com Rita Guerra, Luís Trigacheiro, Flávia Pereira, o Ensemble Ibérico e a Banda Filarmónica de Aldeia de João Pires, no Largo do Castelo, situado na Zona Histórica de Penamacor.