APRESENTADO PELA CRÍTICA DE ARTE E POETA MARIA JOÃO FERNANDES
Gonçalo Salvado apresenta livro na Adega 23
A Adega A23, nas Sarnadas de Ródão, no Concelho de Vila Velha de Ródão, acolheu, dia 27 de setembro, a apresentação do novo livro do poeta Gonçalo Salvado. A obra reúne dois títulos, que são Feliciter Ardet (Arde com Felicidade) Novos Poemas do Amor e do Vinho e Rubá’iyat Poemas do Amor e do Vinho 77 poemas para ler e degustar.
A apresentação esteve a cargo da crítica de arte e poeta Maria João Fernandes.
Os livros são ilustrados com desenhos dos escultores Francisco Simões e José Rodrigues, respetivamente, este último, uma colaboração da Fundação José Rodrigues, Porto, e enriquecido com grafismos do artista Albicastrense Ambrósio Ferreira. Contam com prefácios do poeta e arabista Adalberto Alves, do poeta e crítico literário Fernando Guimarães e de Maria João Fernandes.
Reproduzem ainda nas guardas e no marcador um excerto de um parecer crítico sobre o livro do professor e historiador da literatura portuguesa José Carlos Seabra Pereira, retirado da sua obra As Literaturas de Lingua Portuguesa Das Origens Aos Nossos Dias, de 2020; e outros pareceres dos escritores Mário Claudio, Miguel Real e Manuel da Silva Ramos.
Maria João Fernandes afirma que “o livro Feliciter Arde,t de Gonçalo Salvado, uma homenagem à arte de amar de Ovídio retoma um verso de um outro livro, Remedia Amoris, do poeta latino e universal, tal como este juntando o amor e o vinho, cúmplices no que é uma verdadeira litania de amor, com os seus trechos que se repetem numa infindável melodia. Evocação e invocação dos seus mistérios e do seu poder de consagração da vida em conjunção com o vinho que o propicia e celebra. O reconhecido artista Francisco Simões, mestre da escultura portuguesa e europeia, por sua vez um pintor e escultor do amor, ao qual deu belas e eloquentes expressões, pontua com o seu talento e com os seus desenhos a poesia deste livro. Dando forma, poeta e artista, a uma única visão do feminino e do amor”.
Quanto a Rubayat, avança que “este livro testemunha o encontro de dois grandes líricos, Gonçalo Salvado, poeta exclusivo do erótico e do feminino, Prémio da União Brasileira de Escritores em 2013 atribuído pela sua obra poética, e o escultor José Rodrigues, um dos introdutores da modernidade em Portugal, que achou no corpo da mulher o seu motivo de eleição. À poesia musicalmente depurada de Gonçalo Salvado, lapidar quase, na cintilação dos seus versos e no fulgor das suas metáforas que brilham como pequenos sóis com o rosto da amada sempre ao centro, responde a mágica síntese das linhas nos desenhos de mestre José Rodrigues”.
Na sessão Maria de Lurdes Gouveia Barata deu voz a uma seleção da poesia dos dois títulos, editados pela RVJ – Editores.