Edição nº 1920 - 12 de novembro de 2025

João Carlos Antunes
Apontamentos da Semana...

AS MUDANÇAS CLIMÁTICAS existem desde a criação do Mundo. A diferença é que a mudança, hoje é emergência. Nos meus tempos de universidade, há já algumas décadas, a professora Raquel Soeiro de Brito falou-me da existência das mudanças climáticas, mas com a observação de que as mudanças eram tão lentas que só eram percetíveis ao fim de várias gerações. Mas foi exatamente a partir dos anos 60, que o aquecimento global marca o início da fase mais acelerada das mudanças climáticas. As razões são fáceis de entender: é quando o impacto das atividades humanas sobre o planeta se tornou exponencial com o aumento maciço e descontrolado das emissões de gases de efeito estufa e a intensificação de diversas atividades que alteram o sistema climático. A expansão industrial pós-Segunda Guerra Mundial e o aumento do consumo global exigiram muito mais energia (do petróleo e do carvão), aumentando exponencialmente a quantidade de dióxido de carbono na atmosfera e a intensificação do efeito estufa. Por outro lado, o aumento da população global associado ao crescimento da sociedade de consumo, levou à destruição de ecossistemas naturais e à desflorestação, para ampliar territórios para a agricultura, pecuária e expansão urbana.
Tudo o que está escrito para trás, foi baseado no mais básico do conhecimento científico e pensar-se-ia que sobre o assunto há um consenso sobre as causas e sobre a necessidade de as combater. Mas há muitos, demasiados, que negam as evidências, os chamados negacionistas, que têm como representante máximo o presidente do país mais poderoso e um dos mais poluentes, logo a seguir à China. Os Estados Unidos ocupam o pódio como o segundo maior emissor de gazes de efeito de estufa em termos absolutos, com um histórico de consumo energético muito elevado. Mas ao contrário da China que já está a promover políticas que combatem as alterações, Trump, pelo contrário, além de negar estas alterações, que considera a maior vigarice do mundo, ainda promove políticas que aumentam a extração e o consumo de combustíveis fósseis. Com a agravante de ameaçar com as suas famosas taxas, os países que promovem energias limpas e renováveis. Como já várias vezes aqui escrevi, o problema de Trump é que as suas políticas maléficas prejudicam o resto do Mundo e contaminam a direita mais conservadora que governa e que, como acontece também na Europa, trava as medidas para a mudança, mesmo que cada vez mais as populações de todo o mundo sintam na pele a dureza das secas, das cada vez mais frequentes e extremas ondas de calor, e das violentas tempestades e da fome associada.
É neste contexto que temos por estes dias meio mundo reunido no COP30, em Belém do Pará, na Amazónia. Já se está noutro nível de decisões. Agora, além de se discutir e negociar ações para combater as mudanças climáticas, também se discutem formas de proteger as populações dos seus efeitos.

12/11/2025
 

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