PARA NÃO PREJUDICAR A CANDIDATURA, APÓS TER SIDO LEMBRADA UMA ESCUTA COM 10 ANOS
Afonso Camões já não é mandatário distrital de Gouveia e Melo
Afonso Camões renunciou a ser mandatário distrital da candidatura de Gouveia e Melo às eleições Presidenciais de 18 de janeiro do próximo ano. Esta tomada de posição foi tomada depois de ser recordada, num órgão de Comunicação Social, uma escuta telefónica entre Afonso Camões e o ex-Primeiro Ministro José Sócrates.
Afonso Camões, numa publicação no Facebook, dirigida a Gouveia e Melo, explica que “a pretexto da minha ligação de juventude ao antigo Primeiro-Ministro, um cronista e um jornal decidiram desenterrar uma ilegítima escuta telefónica com mais de 10 anos, prática em que se especializaram no chamado jornalismo pelo buraco da fechadura”.
Isto, para garantir que “a mim não me atingem. O Prémio Carreira de Excelência, que me foi atribuído há um ano pela Associação Portuguesa de Imprensa, revela a marca da minha pegada profissional”.
Afonso Camões realça que “a intenção é clara: Querem prejudicar a candidatura do Senhor Almirante em favor dos seus candidatos bem identificados, um dos quais, aliás, foi criado e sustentado pela estação de televisão do jornal que faz eco da injúria, vegetando na sarjeta” e acrescenta que “são gente menor, daqueles que Filipe II de Espanha, conhecedor dessa estirpe de Portugueses e escrevendo à mãe, dizia: «Sofrem mais com a ventura alheia do que com a dor própria», patologia que na minha terra é conhecida por dor de corno”, para concluir que “é preciso não dar troco a essa gente, e é imperioso derrotar os candidatos que representam”.
Por tudo isto avança, que “por isso mesmo, e porque não admito que a invocação do meu nome ou meu incondicional apoio à candidatura do Senhor Almirante sirvam de pretexto para lhe embaraçar o caminho, declaro com efeitos imediatos a renúncia à qualidade de Mandatário Distrital que honrosamente aceitei por convite de Vossa Excelência”.