Bloco de Esquerda defende fim das portagens na A23 e a construção do IC31
“Queremos uma nova cultura política no Concelho”
A coordenadora nacional do Bloco de Esquerda, Catarina Martins, esteve em Castelo Branco na apresentação pública da candidatura autárquica Castelo Branco... é gente.
As áreas de intervenção e compromissos assumidos pela candidatura do Bloco de Esquerda (BE) Castelo Branco... é Gente foram apresentadas na passada quarta-feira, no Monte do Índio, onde marcou presença a coordenadora nacional do BE, Catarina Martins.
Luís Barroso, que encabeça a lista do BE à Assembleia Municipal, referiu que a candidatura autárquica do BE defende a democracia participativa no poder local.
“Por isso, estas eleições são de mudança, o fim de um ciclo de 16 anos de uma política acéfala de obra feita e de desperdício de dinheiros públicos”.
Considerando desde logo que é urgente a mudança em Castelo Branco em prol de uma “nova prática política na defesa dos interesses de toda a população concelhia, Luís Barroso disse que a candidatura que integra quer no terreno uma prática de políticas sustentáveis, “que não comprometam as próximas gerações” e acrescentou que o exercício da cidadania “não se limita à introdução do voto, mas também a uma participação ativa dos munícipes nas decisões”.
Do vasto leque de compromissos, o BE mantém a exigência do fim das portagens na A23, “como reforço da coesão territorial e da competitividade da região e das suas empresas”, e defende a urgência da construção do IC31, como via estratégia de ligação a Espanha.
O Centro de Atendimento da Segurança Social (call center) também não é esquecido e segundo os bloquistas o contrato escrito e assumido entre a Câmara de Castelo Branco e o Ministério da Segurança Social, deve ser “objeto de ação judicial pelo incumprimento que levou à perda de 400 postos de trabalho”.
A criação de um Gabinete de Emergência Social, para identificação das situações de risco e de carência, em coordenação com as freguesias, redes de solidariedade social e comunidades escolares e associativas e a criação de uma oficina domiciliária, destinada a prestar apoio aos mais idosos, são outras propostas apresentadas pelo BE, que defendem ainda a criação de um banco municipal de livros escolares e querem desenvolver e potencializar marcas identitárias que projetem o município albicastrense no todo nacional, como sejam o Bordado de Castelo Branco ou as figuras de Manuel Cargaleiro, Amato Lusitano ou João Roiz.
Por outro lado, a candidatura do BE considera de importância vital o aproveitamento da Barragem de Santa Águeda, cujo plano de pormenor foi votado ao esquecimento e quer reativar e requalificar várias praias fluviais já existentes no Concelho, como sejam a da Taberna Seca, Sesmo ou Muro.
Também o Parque de Campismo de Castelo Branco é alvo das preocupações dos bloquistas, que querem uma maior visibilidade para aquele espaço, nomeadamente através da promoção de atividades junto de clubes de campismo a nível nacional e melhorar as suas condições de funcionamento interno.
Por último, a candidatura Castelo Branco...é gente quer que seja referendado se o feriado municipal deve ser no Dia da Cidade ou se se deve manter no Dia da Senhora de Mércoles.
Filipe Lourenço, o candidato do BE à Câmara, deixou bem claro que não fará promessas demagógicas.
“Estamos aqui para o der e vier. Vamos à luta. Queremos uma nova cultura política no Concelho, queremos um Concelho para todos e não apenas para alguns”, disse.
Por seu turno, Catarina Martins fez questão de sublinhar que nenhum assunto na vida coletiva dos munícipes pode ser esquecido. A coordenadora do BE pediu aos presentes para não se resignarem e sublinhou ainda que o BE será uma “voz firme” contra a privatização da água e na defesa do ambiente e de um país que se desertifica a cada dia que passa, obrigando os jovens a emigrar.
“Não é um país ao abandono que pode criar crescimento económico”, concluiu.
CC