2 outubro 2013

SOCIALISTAS AUMENTAM NÚMERO DE CÂMARAS
Covilhã muda de cor e Distrito fica mais rosa

As eleições Autárquicas no Distrito de Castelo Branco ficam marcadas pela mudança de cor partidária na Covilhã, com a autarquia a passar das mãos do Partido Social Democrata (PSD), para as do Partido Socialista (PS).
Isto, enquanto nos restantes 10 concelhos as câmaras mantém a cor que já tinham, bem como as maiorias absolutas, mas, na esmagadora maioria dos casos, com valores menos expressivos que nas Autárquicas de 2009. É de realçar, no entanto, que apesar destes municípios manterem a cor do poder, em muitos casos há uma mudança de rosto do presidente, como resultado da Lei de limitação de mandatos.
Também de registar é que estas eleições ficam igualmente marcadas pela redução do número de freguesias, devido à reorganização administrativa territorial autárquica.
O Concelho de Belmonte é daqueles em que o PS mantém e dilata a maioria absoluta, mas com mudança de presidente. Com a saída de Amândio Melo, António Dias Rocha assume os destinos do Concelho nos próximos quatro anos. António Dias Rocha volta assim a liderar a autarquia, mas com uma particularidade, pois agora é presidente pelo PS, quando já o foi pelo PSD.
Mas há mais alterações, em 2009 o PS conquistou três mandatos e o PSD dois, sendo que este domingo o PS aumentou para quatro, cabendo o restante mandato à lista independente Pessoas pelo Concelho, encabeçada por Jorge Amaro.
Na capital de Distrito, Castelo Branco, o PS também mantém a maioria, mas com uma margem menor que a alcançada em 2009. Assim, da repartição de mandatos dos oito do PS e um do PSD em 2009, passa agora para sete do PS e dois do PSD, com a lista encabeçada por Paulo Moradias.
Com a saída de Joaquim Morão, a vitória foi assegurada pelo até agora vice-presidente, Luís Correia.
Covilhã é o concelho que protagoniza as alterações mais profundas, logo a começar pela mudança de cor da Câmara. Com a saída de Carlos Pinto, o PSD perde a maioria absoluta, ao mesmo tempo que passa a ser a terceira lista mais votada. A maioria, embora sem ser absoluta, passa para o PS, com a lista liderada por Vítor Pereira.
Entre 2009 e 2013, a Covilhã também perde mandatos, devido à redução do número de eleitores, passando de nove para sete. Nas últimas Autárquicas o PSD conquistou seis mandatos e o PS três, sendo que dos atuais sete, três ficam para o PS, cabendo dois à lista independente Pedro Farromba – Acreditar Covilhã, um para o PSD, com a lista de Joaquim Matias, e outro para a CDU, com a lista de José Joaquim Pinto de Almeida.
No que respeita ainda ao Concelho da Covilhã, é o único do Distrito que ainda não tem os resultados eleitorais fechados, faltando apurar a União de Freguesias Casegas/Ourondo. Tudo, porque no Ourondo, no dia das eleições, apenas cinco eleitores conseguiram votar, uma vez que a população, como sinal de protesto da agregação da sua Freguesia à de Casegas, destruíram a urna e os boletins de voto. O ato eleitoral será repetido domingo..
O PSD mantém a maioria absoluta no Fundão, embora de uma forma menos expressiva que nas eleições anteriores. Em termos de mandatos a distribuição mantém-se a mesma, com cinco para o PS e dois para o PS, com a lista encabeçada por José António Domingues.
Paulo Fernandes mantém a presidência da autarquia, depois de no decorrer do mandato ainda em curso ter sucedido a Manuel Frexes, que renunciou.
Uma situação idêntica à de Idanha-a-Nova, onde Armindo Jacinto continua a ser o presidente, cargo que ocupou depois de Álvaro Rocha ter renunciado.
O PS mantém a maioria absoluta, embora com valores menos volumosos.
De realçar é, também, as alterações ocorridas nos mandatos, que passaram de sete para cinco, devido à redução do número de eleitores. Por isso, dos cinco do PS e dois do PSD em 2009, nestas eleições, o PS conquista quatro e o PSD um, com a lista encabeçada por António Moreira.
Em Oleiros o PSD continua a manter a maioria absoluta, mas com uma descida acentuada e uma alteração na distribuição de mandatos. Em 2009 o PSD assegurou quatro e o PS um. Este ano, o PSD desceu para três, com a lista independente Mais Concelho de Oleiros, encabeçada por António Jorge Dias, a alcançar dois mandatos.
Fernando Jorge é o novo presidente desta câmara da Zona do Pinhal, sucedendo a José Marques, que sai, mas que se mantém ligado aos órgãos autárquicos do Concelho, uma vez que foi eleito para a presidência da Assembleia Municipal.
O PS, em Penamacor, mantém a maioria absoluta em valores idênticos aos das Autárquicas de 2009, sendo que com a saída de Domingos Torrão, a presidência da autarquia passa agora para António Beites Soares.
Neste concelho a distribuição de mandatos passa de três do PS e dois da coligação PSD/CDS-PP/MPT em 2009, para três do PS e dois da coligação PSD/MPT Juntos por Penamacor, encabeçada por Vítor Gabriel.
Em Proença-a-Nova, embora com valores menores, o PS, mantém a maioria absoluta, com João Paulo Catarino. Este é um concelho onde a distribuição de mandatos se mantém, com quatro para o PS e um para o PSD, com a lista encabeçada por Jorge Tomé.
Continuando na Zona do Pinhal, o PSD, com José Farinha Nunes mantém e amplia a maioria absoluta na Sertã. Daí que em matéria de mandatos dos quatro do PSD e três do PS em 2009, agora sejam cinco para o PSD e dois para o PS, com a lista encabeçada por Vítor Cavalheiro.
Ainda no Pinhal, em Vila de Rei, o PSD mantém a maioria absoluta, mas menor que em 2009, o que se reflete na distribuição de mandatos. Em 2009 o PSD tinha quatro e o PS um, enquanto, agora, o PSD tem três e o PS dois, com a lista liderada por Ana Sofia Pires.
Ricardo Aires é o novo presidente, sucedendo a Irene Barata.
Já em Vila Velha de Ródão, o PS aumenta a maioria absoluta, sendo que com a saída de Maria do Carmo Sequeira é Luís Pereira quem lidera agora a autarquia.
Em termos de mandatos houve alterações sendo que dos três do PS e dos dois do PSD em 2009, o PS subiu para quatro e o PSD ficou reduzido a um, com a lista encabeçada por Natália Ramos.
Em termos distritais, é notório que os partidos mais votados, PS e PSD, sofreram perdas.
A do PS foi mínima, ao descer de 44,80 por cento, para 44,37 por cento, mesmo assim subindo de seis câmaras e seis maiorias absolutas, para sete câmaras e seis maiorias absolutas. Já a queda do PSD foi significativa, ao descer de 40,91 por cento, para 27,34 por cento, diminuindo de cinco câmaras e cinco maiorias absolutas para quatro câmaras e quatro maiorias absolutas.
Nestas eleições, devido à redução do número de eleitores, o Distrito perdeu quatro mandatos, passando de 69 em 2009, para 65 este ano.
E em matéria de mandatos há ainda alterações dignas de registo a ter em conta. Em 2009 o PS teve 36 mandatos, o PSD 31 e a coligação PSD/CDS-PP/MPT Juntos por Penamacor dois. Este ano, o PS desceu para 35, o PSD caiu para 22, e a coligação PSD/MPT Juntos por Penamacor dois.
A novidade é o mandato conquistado pela CDU, bem como os cinco alcançados por grupos de cidadãos (Belmonte – um, Covilhã – dois, Oleiros – dois).
Pelo lado oposto registou-se um aumento da abstenção que passou de 37,51 por cento em 2009, para 42,02 por cento este ano.

02/10/2013
 

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