25 Setembro 2013

João Belém
Procurando o equilíbrio

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“Mais do que máquinas, precisamos de humanidade; mais do que de inteligência, precisamos de afeição e ternura!”

Charles Chaplin

Em 2005, o fundador e então CEO da Apple, Steve Jobs, dirigindo-se aos estudantes da Universidade de Stanford referiu que “a única maneira de ter sucesso profissional é amar o que se faz”. Jobs construiu um império seguindo esta premissa, demonstrando que o afeto e o interesse dos profissionais pelo seu trabalho, marcam  a diferença não só na sua carreira como no sucesso de uma organização.
Tendo como base esta ideia permitam-me que referencie alguns pontos que reporto de importantes ao analisar um estudo publicado na revista americana Psychological Science, da Association for Psychological Science.
Salienta, e bem, este estudo que os interesses dos trabalhadores determinam o seu desempenho profissional, demonstrando que a personalidade dos trabalhadores e os seus interesses são a melhor forma de avaliar o desempenho que terão na empresa.
O psicólogo John L. Holland prevê que os profissionais sejam classificados de acordo com seis categorias distintas: executores, investigadores ou pensadores, artísticos, sociais, empreendedores ou persuasivos e os convencionais ou organizadores. ”É a combinação destas categorias de profissionais e o seu posicionamento em funções compatíveis aos seus interesses que dita o sucesso de uma contratação e garante benefícios imediatos à empresa”.
O psicólogo americano Christopher Nye, coordenador do estudo, acredita que este modelo de seleção de candidatos pode assegurar melhores trabalhadores e mais satisfeitos sustentando que a personalidade e os interesses dos candidatos a um emprego são o melhor filtro para determinar o sucesso do seu desempenho organizacional. Com base nesta teoria que delega para segundo plano competências mais técnicas, a investigação defende que o bom gestor é aquele que consegue organizar as suas equipas combinando em equilíbrio os seis perfis profissionais-chave atrás referidos:
Os Executores. Profissionais com interesse e aptidão pelo desempenho de trabalhos manuais, físicos ou mecânicos.
Os Sociais. Perfis que encontram realização plena em todas as tarefas que envolvam a comunicação, o trabalho em equipa e cujo objetivo seja contribuir ativamente para a melhoria da sociedade.
Os Empreendedores ou Persuasivos. Profissionais que são líderes naturais, com forte capacidade oratória e inspiracional, capazes de motivar a equipa onde se inserem para o sucesso.
Os Convencionais ou Organizadores. São o elemento atento ao detalhe que tantas vezes faz a diferença. São profissionais confiáveis e sempre preocupados com a organização e o cumprimento de prazos. Numa organização serão, por exemplo, os secretários, administrativos, contabilistas ou engenheiros.
Os Investigadores ou Pensadores. Destacam-se nas áreas académicas e científicas e no acompanhamento dos últimos estudos e investigações, procurando beneficiar com as novas descobertas a organização onde se inserem ou a atividade que desempenham.
Os Artísticos. Têm apetência por trabalhar com conceitos e ideias, destacando-se pela criatividade com que abordam os problemas e desafios e pela inovação das soluções.
Aqui fica uma sugestão para que procuremos o equilíbrio entre as várias esferas da vida profissional ao mesmo tempo que devemos tentar o também não menos importante equilíbrio interior.

25/09/2013
 

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