Cardoso Martins lança apelo a Passos Coelho no sentido de evitar o sufoco da instituição
Unidade de Cuidados Continuados da Misericórdia pode abrir como lar
A Unidade de Cuidados Continuados Integrados da Santa Casa da Misericórdia de Castelo Branco (UCCI) cujo edifício ficou concluído em dezembro de 2012, continua a ser a principal preocupação do provedor da instituição.
Com as obras dos arranjos exteriores completamente concluídas, agora falta apenas o aval do Governo para a UCCI entrar ao serviço da região.
Depois de um investimento de cinco milhões de euros que obrigou a Misericórdia a recorrer a um empréstimo de dois milhões de euros e que se traduz atualmente num encargo mensal de 15 mil euros, Cardoso Martins decidiu recorrer ao primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho.
Numa carta enviada em junho deste ano, o provedor da Misericórdia de Castelo Branco tenta sensibilizar Passos Coelho para o investimento realizado pela instituição que neste momento apenas se traduz em despesas mensais avultadas e sem qualquer rentabilização.
Cardoso Martins quer evitar o “sufoco” financeiro da Misericórdia e espera sensibilizar o primeiro-ministro para a importância que a UCCI tem no contexto local, regional e até nacional.
Com uma capacidade para 34 camas de média duração e 17 camas de longa duração (apesar do edifício ter uma capacidade máxima de 61 camas), o provedor da Santa Casa da Misericórdia de Castelo Branco sublinha que atualmente os doentes não têm qualquer oferta ajustada às suas necessidades, uma vez que muitos são obrigados a recorrer a unidades do género situadas a longas distâncias de Castelo Branco.
Neste sentido, Cardoso Martins apelou a Passos Coelho no sentido de intervir de modo a evitar tantos prejuízos não só à instituição, mas sobretudo aos cidadãos, contribuindo de igual modo para uma melhor qualidade de vida da população do interior.
Entretanto, se o impasse se se mantiver até ao final deste ano, não resta outra alternativa à instituição que não seja abrir as portas da UCCI e transformá-la num lar para idosos, uma situação de recurso que Cardoso Martins quer evitar a todo o custo uma vez que considera que já existem na região lares suficientes.
Além disso, diz que seria um desperdício ter uma unidade desta natureza a ser sub aproveitada.
Por outro lado, diz que para funcionar como lar o edifício não precisava de equipamentos específicos que ali foram instalados e onde foram investidos qualquer coisa como um milhão de euros.
Carlos Castela