Arqueólogos João Ribeiro e Francisco Henriques são alvo de homenagem
Sociedade dos Amigos do Museu prepara comemorações do centenário
A Sociedade dos Amigos do Museu Francisco Tavares Proença Júnior (SAM), que no próximo ano assinala 100 anos de existência, homenageou, sábado, dois arqueólogos da região, Francisco Henriques e João Ribeiro.
Após um dia de intenso trabalho, que decorreu nas instalações do próprio museu albicastrense sob o tema Arqueologia em Castelo Branco. Uma paisagem cultural com futuro, a jornada culminou com o reconhecimento do trabalho desenvolvido ao longo de décadas em prol da arqueologia regional pelos dois homenageados.
Luís Raposo, ex-diretor do Museu Nacional de Arqueologia, enviou uma carta onde sublinhou as qualidades de Francisco Henriques, o responsável pela descoberta de um dos mais importantes locais do paleolítico médio na Península Ibérica e o único classificado nacionalmente como imóvel de interesse público, a estação da Foz do Enxarrique, em Vila Velha de Ródão.
De igual modo, o arqueólogo Francisco Sande Lemos fez chegar à SAM, uma missiva onde destaca as qualidades do homenageado, considerando-o mesmo como uma “figura inolvidável” para todos os arqueólogos que passaram pelo Tejo.
“Todos estamos em dívida com o seu contributo para o conhecimento do património cultural da Beira Interior”, refere Sande Lemos. Também o arqueólogo Joaquim Candeias da Silva fez chegar uma carta à SAM onde se associa às homenagens a Francisco Henriques e João Ribeiro, realçando o apreço que tem por estes dois arqueólogos e pelo trabalho que ambos têm desenvolvido ao longo de décadas na Beira Baixa.
Coube ainda à arqueóloga da Câmara de Castelo Branco, Sílvia Moreira, realçar o trabalho de investigação efetuado por João Ribeiro, um homem que proporcionou a toda uma geração de jovens albicastrenses, a possibilidade de contatarem pela primeira vez com as práticas da arqueologia.
Mas, o dia não foi feito só de homenagens. A presidente da SAM, no início dos trabalhos, disse que estes constituem a rampa de lançamento “e quem sabe, o advento para o desenvolvimento de trabalhos de arqueologia no território de Castelo Branco”.
Celeste Capelo comunicou ainda a todos os participantes nesta jornada que em conversa mantida com Raquel Vilaça, da Universidade de Coimbra, esta se mostrou disponível para coordenar o campo de trabalho de S. Martinho, uma situação que vai ao encontro das expetativas de todos os presentes.