José António Domingues é o candidato do PS à Câmara
“ Em democracia não há candidatos naturais a lugar nenhum”

José António Domingues é o candidato escolhido pelo Partido Socialista (PS) à Câmara do Fundão.
A apresentação pública da candidatura socialista decorreu sexta-feira, no Pavilhão Multiusos do Fundão.
“Já devem ter visto a minha imagem patente em alguns locais do Concelho, suficiente para passar de desconhecido a conhecido. Pelo menos, o desconhecido mais famoso do Fundão”.
Foi desta forma irónica que José António Domingues iniciou o seu discurso, referindo “que é natural que o atual presidente da Câmara do Fundão não conheça todos os mais de 29 mil habitantes do Concelho”.
O candidato socialista disse também que tem uma profissão e uma vida e sublinha que se tiver que colocar de lado ou suspender a sua atividade profissional para se dedicar à causa pública, fá-lo-á a cem por cento.
José António Domingues refere que o momento que se vive no País e no Concelho do Fundão, exige ousadia.
“12 anos de má gestão continuada do município deixaram as pessoas descrentes”.
No entanto, sublinha que “estamos no bom caminho. Novas ideias e novas atitudes. É uma forma diferente de estar na política, sem fantasias ou propagandas. Somos uma equipa que quer trazer para a gestão do município experiência e saber. Correção e respeito, sustentabilidade entre gerações e participação cívica, livre e ativa. Temos os recursos. Pessoas, conhecimento e provas dadas”, disse.
O candidato socialista entende que é necessário acabar com a política despesista seguida pelo atual maioria do PSD, mas acrescenta que é necessário também concretizar alguns projetos que considera prioritários.
A par de transformar a Avenida da Liberdade na primeira via ecoeficiente do Concelho, o candidato defende ainda a elaboração de um plano estratégico a 20 anos, para o futuro do Concelho do Fundão e a aposta nas novas tecnologias de informação, através de uma rede de fibra óptica que abranja todo o Concelho.
Rejeitando a ideia de ser um desconhecido, o candidato do PS garante que conhece bem os reais problemas do Concelho do Fundão.
Por outro lado, José António Domingues mostra-se convicto de que ainda é possível rever o processo de reorganização administrativa do território e recorda que os socialistas sempre mostraram a sua oposição a esta medida e promete, caso seja eleito a 29 de setembro, repensar e redimensionar as atuais agregações.
Em democracia não há candidatos naturais
José António Domingues assume que vai travar uma batalha difícil nestas eleições, pois sublinha que a má gestão dos últimos 12 anos, deixou os cidadãos descrentes.
Porém, diz que é necessário estabelecer prioridades e sublinha que “sabe bem do que o Fundão precisa. Vamos estabelecer uma política suportada em quatro pilares fundamentais”.
O primeiro diz respeito ao desenvolvimento com preocupação social e sustentabilidade. O segundo pilar, tem a ver com investimentos e incentivos a fixação de pessoas e à qualidade de vida e o terceiro pilar prende-se com o património urbano suportado na ecoeficiência energética. Por último, José António Domingues quer estabelecer redes de cooperação e parcerias autárquicas e institucionais.
“Para quê? Para resolver os maiores problemas e desafios do Concelho. A fixação e atração de pessoas, a garantia de rendimentos anuais, o aumento do emprego e o apoio a quem produz”, refere.
O candidato socialista considera que “temos um caminho arrojado a correr. Vamos fazer a consolidação das contas. Mais ainda, vamos fazer um plano de sustentabilidade das contas e exigir uma auditoria. Temos consciência das dificuldades, somos responsáveis”, conclui.
No que diz respeito à educação, José António Domingues quer criar uma bolsa de livros e manuais escolares de acesso gratuito para todos os alunos das escolas do Concelho, sem escalões.
Em relação a obras, considera-as necessárias, mas sublinha que muitas já foram feitas, mas têm de ser repensadas, sob pena de se tornarem elefantes brancos.
O candidato do PS diz também que “é mais do que tempo de aproveitarmos as nossas reais potencialidades turísticas. Temos de planear e trabalhar em rede todos os recursos existentes, sem bairrismos ou protagonismos individuais”.
A terminar, José António Domingues recorda que em democracia “não há candidatos naturais a lugar nenhum. Não há conhecidos nem desconhecidos. Não queremos mais despesismo, mais dívida, mais desemprego, desânimo. Queremos rigor, transparência, valorização das pessoas e, sobretudo, novas ideias e novas atitudes”.
Carlos Castela