12 março 2014

Direção geral está otimista
Scutvias negoceia com o Estado mudança do regime de concessão da A23

O diretor-geral da Scutvias disse quinta-feira, em Lardosa, que está a negociar com o Estado a mudança do regime de concessão da Autoestrada da Beira Interior (A23), em que a empresa fica com as receitas das portagens.
“Toda a gente tem consciência que é preciso fazer alguma coisa sobre esta matéria. A própria Secretaria de Estado dos Transportes já está a pensar nisso”, referiu Pinho Martins.
O diretor-geral da Scutvias falava aos jornalistas à margem da apresentação do IX Festival de Música da Beira Interior, uma iniciativa promovida pela empresa.
Pinho Martins explicou que no caso da Scutvias, a empresa não vai ficar ao abrigo do regime da disponibilidade ao qual as restantes concessionárias estão sujeitas.
“No nosso caso, vamos ter um regime diferente em que as portagens (receitas) vão ser nossas. Ficamos com o risco de tráfego e temos um papel mais ativo do que as outras concessionárias”, onde o Estado é que decide o que vai fazer.
O diretor-geral da Scutvias disse, no entanto, que o valor da tarifa da portagem, “depende sempre da aprovação do Estado Português”, mas admitiu que esse valor “vai baixar” com o novo regime de concessão que está a ser negociado.
“Até ao final do primeiro semestre deste ano, podemos ter tudo assinado (o novo regime de concessão), mas nunca antes. O segundo semestre será para estudar todo o processo. Cabe-nos a nós propor e estudar todas as medidas que forem necessárias para trazer algum tráfego mais para dentro da autoestrada”, referiu.
Pinho Martins mostra-se cauteloso em relação ao processo negocial em curso, até porque, disse que em 2011 “tivemos um conjunto de pacotes de contratos rubricados que depois o Estado não assinou. Quando tivermos tudo pronto e assinado e com o visto do Tribunal de Contas, é que vamos avançar para os estudos”, sublinhou.
A A23 registou, desde o dia 8 de dezembro de 2011, data da introdução de portagens, uma quebra do volume de tráfego de 50 por cento.
“Nós não queremos isso. Queremos exatamente o contrário. Queremos usar todas as ferramentas de marketing e de gestão das empresas, para criar procura ou pelo menos devolver alguma procura à Autoestrada”, concluiu Pinho Mar- tins.
Atualmente, há dois regimes típicos de remuneração de uma concessionária.
Um é o regime de disponibilidade, em que a empresa recebe consoante a disponibilidade da infraestrutura e independentemente do tráfego que circula.
No outro regime, para o qual a Scutvias está a negociar a mudança, toda a gestão dos custos operacionais ficam a cargo e risco da concessionária, que passa a receber de acordo com o tráfego que circula pela infraestrutura.
Pinho Martins explica que “é mais cómodo estar em regime de disponibilidade”, mas este também tem o seu reverso, “porque o Estado exige um conjunto de contrapartidas que a nosso ver não são aceitáveis no caso da A23”.



12/03/2014
 

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