12 novembro 2014

JORNADAS DE MEDICINA NA BEIRA INTERIOR – DA PRÉ-HISTÓRIA AO SÉCULO XXI
“Amato Lusitano só morrerá quando morrer o último investigador que o recorde”

“Amato Lusitano só morrerá quando morrer o último investigador que o recorde”. A afirmação foi proferida por Joaquim Figueiredo Lima, na conferência inaugural das XXVI Jornadas de Medicina na Beira Interior – Da Pré-História ao Século XXI, que decorreram sexta-feira e sábado, na Biblioteca Municipal de Castelo Branco, sustentando que a vida e obra de Amato Lusitano “continuam a ser investigadas”.
Ainda antes da conferência, que foi subordinada ao tema Amatus Lusitanus e os Amados Lusitanos, começou com “um cumprimento à organização, pois são quase 30 anos de Jornadas e só quem anda nestas coisas sabe como é difícil mantê-las”.
Joaquim Figueiredo Lima sublinhou que “as Jornadas têm um papel de grande relevância no estudo de uma obra”, considerando, por outro lado, que os Cadernos de Cultura “são um valiosíssimo repositório da Medicina portuguesa”.
Em relação a Amato Lusitano avançou que “é um dos médicos mais respeitados na Europa renascentista”, sendo que a sua obra “se caracteriza por: inovação de cariz científico, é ética e é humanista”.
Joaquim Figueiredo Lima, ao longo da sua intervenção, fez uma alusão aos médicos que saíram de Portugal para fugir da Inquisição, como é o caso de Amato Lusitano, de Castelo Branco, e Ribeiro Sanches, de Penamacor, para mais à frente salientar que o País enfrenta atualmente uma nova fuga de profissionais da saúde, como médicos e enfermeiros, mas não só, uma vez que são muitos os portugueses que saem de Portugal em busca de melhores condições de vida”.
Na sessão de abertura, Lourenço Marques começou por referir que no ano passado “se comemoraram os 25 anos, sendo recordado um quarto de século, pelo que, este ano, não querendo ser repetitivo, serei mais contido”. Assim, Lourenço Marques relembrou que a primeira edição se realizou a 31 de março de 1989, na Santa Casa da Misericórdia de Castelo Branco, bem como que o “primeiro impulsionador foi António Salvado, que então era diretor do Museu Francisco Tavares Proença Júnior”. Tudo, para mais à frente reforçar que “António Salvado foi o primeiro e permanente impulsionador”, não deixando também de se referir a Alfredo Rasteiro, que “nunca faltou”.
Pelo meio referiu-se também ao “engenheiro Manuel da Silva Castelo Branco, que faleceu dia 14 de outubro e que tornou públicos nestas jornadas alguns dos seus trabalhos”
Lourenço Marques fez também questão de salientar que “sem apoio da Câmara de Castelo Branco as Jornadas não seriam exequíveis”, referindo-se ainda a Adelaide Salvado e à importância dos Cadernos de Cultura.
Outro ponto destacado foi “a constância destes estudos. Por um lado, por serem reuniões de trabalho sobre Amato Lusitano e por outro lado pela fidelidade dos congressistas”.
Na mesma linha, o vice-presidente da Câmara de Castelo Branco, Arnaldo Brás, salientou que “estas Jornadas já são parte integrante no programa de outono, no que respeita à regularidade” e partiu de seguida para os elogios, ao destacar “ano após ano, o exercício de dedicação e persistência de António Salvado, Lourenço Marques e Adelaide Salvado”.
Arnaldo Brás sublinhou também que “evocar Amato Lusitano é a razão de ser das Jornadas”, para garantir que “este é uma iniciativa que pretendemos manter durante muitos anos”, até porque um dos objetivos “é conhecer o que há de melhor na nossa terra”.

12/11/2014
 

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