GRUPO DE MÃES FOI FORMADO QUASE HÁ DOIS ANOS
Associação de Mães Especiais apresenta projeto à comunidade
A Associação de Mães Especiais (AME) apresenta publicamente o seu projeto à comunidade, sábado, a partir das 16 horas, no auditório da Biblioteca Municipal de Castelo Branco. A participação é gratuita, mas a inscrição é obrigatória devendo ser feita em http://maes-especiais.webnode.pt/ ou através do e-mail geral. maesespeciais@gmail.com.
Recorde-se que a Associação, sobre a qual a Gazeta publicou uma reportagem, em outubro do ano passado, tem como missão fomentar a melhoria da qualidade de vida das famílias das pessoas com deficiência e com necessidades educativas especiais, promovendo a verdadeira inclusão social.
Por isso é adiantado que “o nosso projeto tem como objetivo principal melhorar o bem-estar emocional das famílias de pessoas com necessidades especiais do Distrito Castelo Branco e promover a sua inclusão social, com uma aposta clara na sensibilização para a diferença”.
É acrescentado que “pretendemos estimular os laços de associativismo com outras associações locais e nacionais, criando parcerias e sinergias com as entidades locais para a articulação da prestação de serviços de qualidade, direcionados e vocacionados para a melhoria da qualidade de vida das famílias de pessoas com deficiência e com necessidades educacionais especiais, visando a edificação de uma sociedade solidária, com respostas sociais adequadas à realidade de cada grupo familiar”.
Assim, a Associação assume como missão lutar contra a discriminação e defender os direitos das pessoas com deficiência; promover a inclusão das crianças com deficiência na escola pública e privada; facilitar a integração das pessoas com deficiência na sociedade, promovendo a sua autonomia; informar e sensibilizar a comunidade; prestar apoio emocional às famílias de pessoas com deficiência; ser um elo de ligação seguro e eficaz entre os diversos intervenientes da comunidade; ajudar a resolver os problemas reportados pelos pais e educadores, procurando responder a todos os casos, prestando esclarecimentos, no âmbito de atuação da Associação; dinamizar ações de apoio social, que envolvam a comunidade, em colaboração com diversas entidades; apoiar as famílias com diagnóstico pré-natal de deficiência; colaborar com assistentes sociais no apoio a famílias com deficiência; levan- tamento das necessidades de informação/formação dos professores e auxiliares; promover workshops, seminários e congressos.
A força de lutar pelo
melhor para os filhos
Em outubro do ano passado a Gazeta publicou a reportagem intitulada Crianças especiais têm Mães Especiais, na qual deu a conhecer um grupo de mães que se tinha unido, de modo a lutar pelo melhor para os seus filhos.
Um grupo de 10 mães, que tinha em comum o facto de terem filhos especiais, com necessidades educativas especiais e que, por isso, se reuniam semanalmente, em encontros em que, confessavam, “rimos muito e também choramos”
Tudo tinham começado há pouco mais de um ano, quando nove destas mães se conheceram numa formação. Esse foi o ponto de parida para se constituir o grupo, para o qual, mais tarde, entrou outra mãe”.
Na altura, adiantaram à Gazeta que “nos identificamos automaticamente umas com as outras” e, a partir daí, surgiu o grupo, em que “prestamos apoio emocional umas às outras”, sendo sublinhado que esse apoio “é prestado sem segundas intenções”.
Realçaram, também, que aquilo que estava em causa era que “por mais que alguém diga que saiba o que sentimos, o que passamos, a verdade é que só uma mãe que está nas mesmas situações é que realmente compreende”.
Tudo para, concluírem que o grupo “veio juntar mães que sentiam a mesma coisa. Pela primeira vez estávamos todas nu m sítio onde todas sentíamos o mesmo”.
Em causa, tal como foi adiantado, estavam filhos, entre os três e os 12 anos, com necessidades educativas especiais, com patologias tão distintas como autismo, mucopolisacaridose, Síndrome de Down, paralisia cerebral ou cri-du-chat (grito de gato), entre outras.
Na altura, para comemorar o primeiro aniversário da constituição do grupo, a 22 de setembro de 2012, foi criada uma página no Facebook.
Nessa página, havia uma parte reservada, restrita às mães que integravam o grupo, mas, de resto, o acesso era livre, disponibilizando uma partilha de experiências, “como a possibilidade de nos ajudarmos umas às outras, mostrando que estamos dispostas a ouvir quem necessita de ser ouvido, dentro dos nossos conhecimentos”.
Motivos que logo à partida levaram a que a página se tenha transformado num êxito e que já na altura fazia com que o grupo de mães tenha revelado que havia a hipótese de avançar com algo ainda mais consistente, como uma associação. A mesma que agora já é uma realidade e que vai ser dada a conhecer a todos.