A Associação de Juventude de Idanha-a-Nova (Ajidanha) conquistou quatro prémios no 8º Festival Internacional de Teatro CALE-se, que decorreu entre 18 e 22 deste mês em Canidelo, Vila Nova de Gaia.
A produção teatral À Deriva arrecadou os Prémios CALE para melhor espetáculo, melhor encenação, melhor cenografia e melhor sonoplastia.
Em oito categorias a concurso, o grupo de teatro de Idanha-a-Nova foi nomeado para seis e venceu quatro.
Apesar de não ter sido nomeada para melhor interpretação masculina, na análise do júri, houve ainda uma referência à boa prestação de Rui Pinheiro.
O espetáculo À Deriva obteve ainda o terceiro lugar no prémio do público, com 15,4 por cento dos votos.
O júri do Festival foi constituído por Moura Pinheiro, professor aposentado da Escola Superior de Música e Artes do Espetáculo (ESMAE); Isabel Marcolino, professora licenciada em teatro pela Escola Superior Artística do Porto (ESAP); e Cândido Xavier, diretor do Festival.
Recorde-se que À Deriva parte de uma adaptação livre do texto teatral Em Alto Mar, de Slawomir Mrozek, para criar uma dramaturgia própria, uma linguagem cómica e visual, capaz de dialogar com a profunda crise de valores em que Portugal, e o mundo em geral, estão mergulhados.
É contada a história de dois homens e uma mulher perdidos em alto mar, circunscritos ao espaço de uma balsa (jangada) após o que se julga ter sido uma catástrofe natural.
Tem encenação de José Carlos Garcia e Nádia Santos, e interpretação de Ana Grilo, Bruno Esteves e Rui Pinheiro.

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