29 janeiro 2014

O BALANÇO DE 100 DIAS DE MANDATO E O FUTURO
Vítor Pereira quer uma Covilhã diferente da que encontrou

Uma multinacional no domínio dos serviços pode vir a instalar-se na Covilhã. A novidade foi avançada pelo presidente da Câmara, Vítor Pereira, segunda-feira, num encontro com a Comunicação Social, em que fez o balanço dos primeiros 100 dias de mandato.
Sem querer adiantar muitos pormenores, porque o segredo é a alma do negócio, Vítor Pereira revelou que em causa podem estar “100 postos de trabalho qualificado”, sendo que essa multinacional também “pode gerar outras empresas em torno dela”.
No que respeita ao balanço dos primeiros 100 dias à frente da Câmara da Covilhã, Vítor Pereira afirma que “é positivo”, porque “nestes 100 dias já se deram passos significativos” e assegura que “o rumo que pretendemos manter é o do saneamento financeiro da nossa autarquia”. Matéria em que mais à frente revelou que no primeiro dia deste ano a Câmara “ultrapassou o limite máximo de endividamento”, avançando que a dívida que ronda os “65 ou 66 milhões de euros é uma grande preocupação”.
Ainda com a atenção centrada neste tema o presidente da Câmara falou “no garrote financeiro que é a Lei dos Compromissos, que nos obriga a fazer muita ginástica financeira”, para concluir que “o essencial é acudirmos àquilo que é o fundamental”.
Com os olhos na gestão camarária, Vítor Pereira avança que é necessário “puxar pela nossa imaginação e gizar estratégias que visem defender o interesse público”, sempre com a finalidade de “fixar empresas, criar emprego e inverter o ciclo de envelhecimento e de perda de população”.
Outra das metas definidas pelo autarca passa pela criação de uma agenda cultural para o Concelho. Área em que afirma que “estamos praticamente a partir do zero”, para realçar que este “não é um trabalho nada fácil”, tanto mais que “a maior infraestrutura cultural (Teatro Municipal) não está utilizável”.
Mas também enuncia aspetos positivos, desde logo porque “a Covilhã tem um movimento cultural riquíssimo”, embora adiante que “a Covilhã não tem sabido aproveitar essa massa critica”, pelo que “não fora o movimento associativo e isto seria um autêntico deserto”.
Situação que “queremos inverter” e, nesse sentido, no que respeita ao Teatro Municipal “numa primeira fase vamos intervir na cobertura, porque há infiltrações graves e chove no interior”.
De resto, avança que se “manterá a traça arquitetónica e vamos preservar a sala tal qual está, com mil lugares”, para adiantar que, “para já, vamos tratar da cobertura e depois aguardar que haja dinheiro e tentar candidaturas a fundos comunitários”, para se avançar com a requalificação da infraestrutura cultural.
Um passo importante, até pela lotação do espaço, com Vítor Pereira a destacar que com mil lugares o Teatro Municipal “pode ser destino para congressos na área da Medicina”, o que permite “projetar a Covilhã e injetar dinheiro na economia”.
O presidente da Câmara da Covilhã denuncia, por outro lado, que a autarquia “não tem um departamento municipal de obras”, sendo esta outra situação “a inverter”, não deixando de sublinhar que o município, de momento, também ”não pode fazer obras por administração direta, porque não tem máquinas, nem pessoal para o fazer”.
Vítor Pereira aponta também o dedo ao preço elevado da água, ao defender que “não pode continuar, porque é insuportável para as famílias e para as empresas”.
Já noutra área realça a importância de “estreitar relações com a Universidade da Beira Interior (UBI)”, o que permitirá “criar sinergias, até para a criação de emprego”, não descurando que “quem cá estuda, cá fique e tenha condições para se fixar”.
Aliás, as pessoas são uma das grandes preocupações de Vítor Pereira, de onde resulta que uma das suas metas seja “o combate à pobreza e à exclusão social”.
Realça que “a Câmara não se pode substituir à Segurança Social, mas pode ter um papel importante nesse domínio, uma vez que a ideia que nos guia é a da inclusão, mas sem emprego e sem riqueza isso é difícil”.

29/01/2014
 

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