1 de abril 2015

Valter Lemos
A (des)qualificação dos adultos

Neste país muitos dos atuais políticos e comentadores “foram feitos” por Sócrates e pelo seu governo. Até alguns jornalistas e diretores devem os seus lugares a Sócrates e aos seus ministros, não porque estes os tenham contratado, mas, porque foi atacando Sócrates e os elementos dos seus governos que conseguiram os seus empregos. Aliás o “negócio” é tão lucrativo que coisas como o Correio da Manha e o Sol continuam a viver dele, e claro da estupidez dos tansos que os compram. O que se tem passado com estes jornais, no respeitante a Sócrates é absolutamente indigno e miserável sob qualquer ponto de vista, ético, moral, político ou jornalístico e, como dizia o advogado de Sócrates, até “cheira mal”. Mas, o que é ainda mais grave é que isto só se passa, por causa da aparente promiscuidade entre a justiça e jornalistas sem vergonha.
Neste conjunto de gente que deve existência política ou mediática a Sócrates, estão alguns políticos e designadamente alguns ministros do atual governo, como o ministro da educação Nuno Crato. Aliás, a educação foi uma das áreas do governo Sócrates que mais “cogumelos” políticos e mediáticos produziu. Qualquer indivíduo que soubesse escrever português, mesmo mal, desde que quisesse dizer mal do governo, do primeiro-ministro, da ministra da educação ou outro membro do governo, ou até do gato ou do periquito de Sócrates ou de Maria de Lurdes Rodrigues, tinha espaço garantido em jornais e televisões ou podia fazer um blog, com publicidade para ganhar bom dinheiro, pois tinha sempre muitos basbaques a ouvi-lo ou lê-lo, principalmente se o que dizia fosse simplesmente insultar os visados (eu próprio, mesmo sem o estatuto de Sócrates ou Maria de Lurdes Rodrigues, tenho uma belíssima coleção de insultos de algumas dessas “estrelas políticas e mediáticas”).
Nuno Crato também foi assim “feito” ministro da educação. Atacando todas as opções dos governos socialistas. Mesmo sem qualquer proposta alternativa minimamente sustentada. Bastava dizer mal. Bastava ter um discurso demagógico sobre o “facilitismo”.
Chegado ao governo a estratégia continuou. Bastava destruir o que tivesse sido feito pelo governo anterior. Assim os principais programas de política educativa foram alvo dessa sanha destruidora. A escola a tempo inteiro e as atividades de enriquecimento curricular no 1º ciclo, o inglês, os cursos profissionais nas escolas secundárias, as aulas de substituição e a ocupação plena dos tempos escolares, o apoio a alunos com necessidades educativas especiais e, não podia deixar de ser, as novas oportunidades, ou seja a educação e qualificação de adultos, entre diversos outros.
A destruição que foi feita da educação de adultos é emblemática da ação deste governo e deste ministro. Destruir sem nada criar.
O gráfico com os dados oficiais do próprio ministério da educação mostra a política de terra queimada que foi seguida. Num país que é o que tem as mais baixas taxas de qualificação da população ativa em toda a UE e na OCDE está também atrás de todos e somente ao nível do México e da Turquia.

Número de adultos em formação
A queda que o gráfico mostra desde 2011 mostra verdadeiramente a queda da educação e do país nestes anos. Pagaremos duramente nos próximos anosesta política de destruição.

01/04/2015
 

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