13 de julho de 2016

DESDE O INÍCIO DO ANO
Oito mortes em acidentes com máquinas agrícolas

O Comando Territorial de Castelo Branco da Guarda Nacional Republicana (GNR) registou 18 acidentes com máquinas agrícolas desde o início do ano, no Distrito de Castelo Branco, dos quais resultaram oito mortes. Um flagelo ao qual quer por cobro.
“Temos tido ao longo deste ano, um número muito elevado de acidentes (com máquinas agrícolas) e temos tido, resultante desses acidentes, um grande número de mortes”, explicou o comandante da GNR de Castelo Branco, coronel José Carlos Gonçalves.
Este responsável, que falava sexta-feira, na sede do Comando Territorial da GNR de Castelo Branco, durante a apresentação do programa Sinistralidade com Máquinas e Tratores Agrícolas, adiantou que o objetivo desta iniciativa é alertar, sensibilizar e chamar a atenção das pessoas para os problemas que se colocam no uso de máquinas agrícolas.
Para o efeito, a GNR de Castelo Branco estabeleceu parcerias com várias entidades distritais, sobretudo, Escola Superior Agrária (ESA) de Castelo Branco, Comando Distrital de Operações e Socorro, Federação dos Bombeiros, juntas de freguesia e câmaras municipais que vão desenvolver ações de sensibilização junto das populações para o uso em segurança de máquinas agrícolas.
“Temos 18 acidentes desde o inicio do ano, com quase 50 por cento de mortes resultantes desses acidentes o que é manifestamente muito e é algo que nos preocupa sobremaneira. Temos que conseguir tornear esta situação, porque não é possível continuar a assistir de braços cruzados a situações como estas”, sustentou.
José Carlos Gonçalves disse que, através das parcerias agora estabelecidas, vão tentar “dar todos os contributos para que a diminuição deste flagelo possa acontecer”.
Adiantou ainda que falta bastante cultura de segurança no País: “A cultura de segurança não está enraizada nas pessoas”.
O comandante da GNR de Castelo Branco explicou também que o número de acidentes com máquinas agrícolas tem aumentado consideravelmente nos últimos anos e adiantou que estes, afetam principalmente pessoas com idade a partir dos 55 anos.
Por último, deixou uma mensagem de frustração, sobretudo, pela falta de recetividade a esta iniciativa da GNR pela esmagadora maioria das juntas de freguesia do Distrito.
“Reforço algum sentimento de frustração, porque foram contactados todos os presidentes de juntas de freguesia (120 no Distrito) e a recetividade à iniciativa não foi grande. Temos cerca de 18 a 20 juntas de freguesia, o que é muito pouco para o universo de pessoas que se pretende atingir”, concluiu.
Já o presidente da Câmara de Castelo Branco, Luís Correia, disse que o diagnóstico está feito e realçou que se está perante um problema que afeta a todos.
“Feito o diagnóstico, temos que unir esforços para mudar esta realidade”, sustentou.

13/07/2016
 

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