ENTREGA DE PRÉMIOS DO CONCURSO DE IDEIAS DO PARQUE URBANO DA CRUZ DO MONTALVÃO
“Este é um momento de planeamento”
O presidente da Câmara de Castelo Branco, Luís Correia, afirmou, sexta-feira, no decorrer da entrega de prémios do concurso de ideias para o Parque Urbano da Cruz do Montalvão, desenvolvido em colaboração com a Ordem dos Arquitetos, que “este é um momento de planeamento” e sublinhou que “há muito tempo que Castelo Branco é conhecida pela grande requalificação feita ao longo dos últimos anos”.
Luís Correia recordou que “começamos pelo centro da cidade. Fomos requalificando a cidade a partir do centro”, defendo que “a mudança da cidade não podia parar, nem pode parar no futuro, para se registar um aumento da qualidade de vida”.
Com base nisso relembrou “um conjunto de projetos que estão em andamento com uma atenção muito forte para a regeneração urbana, passando pela comunidade que deve estar viva e feliz”. Desse conjunto de projetos destacou a Fábrica da Criatividade, nas instalações da antiga Sicofato, na Alameda do Cansado, a Quinta do Moinho Velho e a Quinta do Chinco, dando ainda relevância à requalificação da antiga Biblioteca Municipal, na Praça de Camões, na zona histórica da cidade, onde ficará instalado o Centro de Interpretação do Bordado de Castelo Branco.
No que respeita ao Parque Urbano da Cruz do Montalvão garante que “queremos partir para o projeto de execução o mais rapidamente possível”, aproveitando para recordar que a Câmara “também comprou o vale junto à Rotunda da Europa, em Castelo Branco, há cerca de um ano, e ainda este ano será aberto um concurso de ideias para ali criar um espaço verde”.
Na entrega de prémios, João Ribeiro, em representação da Ordem dos Arquitetos, referiu-se à importância de “estar envolvida na escolha da melhor solução neste concurso de ideias” e acrescentou que “a Câmara fez aqui um bom serviço para o bem público”.
A entrega de prémios contou também com a presença da presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) do Centro, Ana Abrunhosa, que sexta-feira fez com Luís Correia uma visita a alguns dos projetos de requalificação que estão a ser desenvolvidos na cidade.
Ana Abrunhosa começou por felicitar a Câmara e a Ordem dos Arquitetos “pela iniciativa”, ao considerar “a seleção de projetos através de um concurso de ideias muito positivo e muito interessante”, para depois destacara a “importância de bons projetos de arquitetura”.
A presidente da CCDR referiu depois que “vimos de uma visita a vários projetos de regeneração e revitalização urbana”, sublinhando que “são projetos que pretendem criar qualidade de vida e novas centralidades”.
Ana Abrunhosa salientou, por outro lado, “Castelo Branco é um laboratório de estudo de quanto uma cidade se tem transformado, se tem renovado com estes projetos de regeneração e revitalização urbana”, não deixando de se referir “a quanto ainda há a fazer em Castelo Branco e esse é o desafio”.
Os projetos
premiados
O concurso de ideias para o Parque Urbano da Cruz do Montalvão contou com 19 concorrentes e foi ganho pela arquiteta paisagista Verónica de Almeida, que na entrega de prémios realçou “a oportunidade para trabalhar aquilo que gostamos mais, que são as infraestruturas viradas para a cidade”.
O segundo lugar foi para uma equipa coordenada pelo arquiteto José Adrião, enquanto o terceiro coube ao projeto do atelier Baldios, coordenado pela arquiteta paisagista Catarina Raposo.
Para além destes prémios foram ainda atribuídas duas menções honrosas aos trabalhos do atelier Sítio e Lugar, coordenado pela arquiteta paisagista Paula Simões, e da PROAP, coordenada pelo arquiteto paisagista João Nunes.
Recorde-se que o júri do concurso de ideias foi composto pelo engenheiro João Carvalhinho, pela arquiteta paisagista Maria de Fátima Rebelo de Andrade, pelo engenheiro Luís Resende, pelo arquiteto João Teixeira Pires, indicados pela Câmara de Castelo Branco, e pelo arquiteto Rui Mendes, designado pela Secção Regional Sul da Ordem dos Arquitetos.
Os 19 projetos apresentados ao concurso de ideias estão agora expostos no Centro de Interpretação Ambiental, junto ao antigo Governo Civil.