A Associação Empresarial da Beira Baixa (AEBB) disse que se congratula com uma redução do valor nas portagens, mas adianta que há muita incerteza, sobretudo, em relação ao volume de desconto enquanto que a Associação Comercial e Empresarial da Beira Baixa (ACICB), Adelino Minhós, refere que a redução do valor das portagens, além de bem-vinda é de inteira justiça.
“Congratulamo-nos com o assumir de que isto vai acontecer. Contudo, vejo tudo ainda numa incerteza muito grande relativamente ao volume daquilo que será o desconto a conceder, uma vez que já percebemos que o fim delas (portagens) está fora de questão”, disse o presidente da AEBB, José Gameiro.
Recorde-se que o Primeiro Ministro, António Costa, admitiu recentemente que as portagens nas antigas Scut poderão baixar ainda este verão, adiantando que vai contactar as forças políticas para um consenso em matéria de descentralização.
António Costa disse que o Governo “tomou boa nota da recomendação que foi aprovada na Assembleia da República” e que o ministro do Planeamento e Infraestruturas, Pedro Marques, tem vindo a desenvolver as negociações necessárias “para que possa ser executada ainda este verão”.
O presidente da AEBB adiantou ainda que ficou “mais tranquilo” de que alguma coisa iria acontecer, quando viu o projeto de resolução ser aprovado na Assembleia da República.
“Estávamos também expectantes que isto acontecesse, porque tinha feito parte da campanha do senhor Primeiro Ministro”, sustentou.
Contudo, este responsável diz que o facto de António Costa dizer que esta medida pode ser executada ainda este verão, “é muito vaga. Estamos expectan-tes relativamente a isso”.
José Gameiro recorda ainda que a AEBB continua à espera de uma resposta à reunião que solicitou ao ministro do Planeamento e Infraestruturas, Pedro Marques, no dia 26 de fevereiro: “Não entendemos porque é que não somos recebidos e porque é que não podemos intervir nesta matéria”.

“É de inteira justiça”
“A baixa (do preço) das portagens, além de bem-vinda é de inteira justiça para a nossa região, até porque não se entende porque é que pagamos portagens mais elevadas do que na A1”, refere o presidente da ACICB, Adelino Minhós.
O presidente da ACICB adiantou que existe uma diferenciação que não é compreensível nem tolerável: “Tudo o que vier a repor essa justiça que, na minha opinião, é uma injustiça, é bem-vinda”.
Este responsável sublinhou ainda que a redução ou a abolição de portagens nas ex-Scut, é uma luta que os empresários têm vindo a travar há algum tempo.
“Nós reinteramos essa vontade e esperamos que se venha a traduzir no terreno essa realidade, tendo em vista que o nosso território, por um conjunto de decisões centrais, tem sido discriminado, na minha opinião, negativamente, quando precisa exatamente do contrário, de uma discriminação positiva”, sustentou.
Carlos Csatela

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