GESTÃO PÚBLICA NO HOSPITAL DO FUNDÃO
Assembleia da República aprova projeto de resolução de Hortense Martins
A Assembleia da República aprovou, por maioria, na sessão plenária de quinta-feira, o projeto de resolução apresentado pelos deputados do Partido Socialista (PS) eleitos pelo Circulo Eleitoral de Castelo Branco, Hortense Martins e Eurico Brilhantes Dias, no qual era defendida a gestão pública no Hospital do Fundão.
O projeto de resolução, que teve como autora e primeira subscritora Hortense Martins, foi aprovado com os votos favoráveis do Partido Socialista (PS), Partido Comunista (PCP), Bloco de Esquerda (BE) e Partido Ecologista Os Verdes (PEV) e com os votos contra do Partido Social Democrata (PSD).
Com esta votação, para Hortense Martins que, recorde-se, também é a presidente da Federação do PS do Distrito de Castelo Branco, esta questão ficou “finalmente esclarecida e decidida na Assembleia da República”, sublinhando que “ficou ainda evidenciado quem tem lutado, localmente não só nas suas estruturas distritais e locais, nomeadamente através da Concelhia do Fundão, também na Assembleia da República sobre esta matéria. Ao contrário de outros, que têm um dis- curso na sua terra e outro no parlamento”.
Hortense Martins relembra igualmente que já na anterior legislatura tinha apresentado um projeto semelhante, que tinha sido chumbado pelos votos da maioria PSD/CDS.
A deputada socialista afirma que no respeitante ao Hospital do Fundão, que integra o Centro Hospitalar da Cova da Beira (CHCB), no Serviço Nacional de Saúde (SNS) e sob gestão pública, “sempre defendemos o reforço do CHCB o que aliás estaria posto em causa com o caminho que estava a ser desenvolvido pelo anterior governo, às escondidas dos profissionais, autarcas e outras entidades, no que designamos pela sociedade civil, que se manifestaram contra essa transferência”.
Por isso realça que “ficou patente a dualidade de discursos quanto a um processo, que foi sendo atrasado, pela manifestação de posições contrárias. Enquanto que os autarcas da Covilhã e Fundão transmitiam a sua posição de discordância sobre este processo, fica agora evidente, que centralmente o CDS e o PSD queriam avançar com a transferência, com tudo a ser feito nas costas das pessoas, que não foram informadas sobre nada”.