4 de maio de 2016

JOAQUIM MORÃO ASSEGURA
“O agroalimentar, o turismo e a floresta é o que temos de melhor”

O presidente do conselho de administração do Crédito Agrícola da Beira Baixa (Sul), Joaquim Morão, afirmou, sexta-feira, no Cine-Teatro Avenida de Castelo Branco, na sessão de abertura do seminário subordinado ao tema Empreendedorismo e Inovação na Agricultura, Agroindústria, Floresta e Mar, organizado pelo Crédito Agrícola em parceria com a Inovisa, que “na nossa região temos um tecido empresarial difícil”, porque “a cultural empresarial nunca foi uma tradição nossa”, indo mais longe ao recordar que “em Castelo Branco nem havia empresários agrí- colas, mas lavradores”.
Joaquim Morão recorda também que “no final dos anos 70, início dos anos 80” do século passado “é que começamos a entrar no tecido empresarial”.
Por outro lado, no que respeita à Região, em matéria de estratégia, afirmou que “o agroalimentar, o turismo e a floresta é o que temos de melhor”.
Joaquim Morão sublinhou também que “somos bons a produzir, mas não somos bons a comercializar”, para mais à frente defender que “temos que dar o salto, organizar, ganhar dimensão e sair das nossas fronteiras”, não deixando igualmente de destacar que “temos terra, mas terra inculta, sem ser produtiva”.
Destacou também que “para se ser empresário é preciso ter capacidade de risco e de iniciativa”, não perdendo a oportunidade de avançar que “para termos um Portugal desenvolvido, temos que desenvolver estas regiões, que têm muita terra, mas têm pouca produtividade”, com base no que perguntou “qual é o país que se dá ao luxo de ter hectares e hectares sem nada produzirem”.
Na abertura do seminário, o presidente do conselho geral e de supervisão do Crédito Agrícola, Carlos Courelas, garantiu, que “a agricultura está e estará sempre no cerne da nossa atividade”, uma vez que o “vinculo à agricultura faz parte do nosso ADN há mais de um século”.
Carlos Courelas afirmou ainda que “nunca deixamos de ter a agricultura como setor principal”, revelando que “13 por cento da nossa carteira de crédito respeita ao setor agrícola, mas se se considerar o agroalimentar no seu todo, representa 20 por cento” e referir ainda que o Crédito Agrícola “é a maior seguradora no ramo agrícola”.
Também presente da sessão de abertura, o presidente da Câmara de Castelo Branco, Luís Correia, afirmou que “o agroalimentar está há muito definida como uma área a ser apoiada”, pelo que, continuou, “fizemos as infraestruturas para ver o progresso que queremos neste setor”.
Referiu, como exemplos, a Melaria, o Centro de Apoio Tecnológico Agroalimentar (CATAA) e o InovClustar”, para defender, no entanto, que “percebemos que não podíamos ficar por aqui e, por isso, se avançou com o Centro de Produção de Abelhas Rainha e o Parque de Leilões de Gado da Beira Baixa”.
Luís Correia destacou igualmente a “importância de apoiar os pequenos produtores”, área em que defendeu que “é preciso haver instituições para isso e o posicionamento do Crédito Agrícola é muito importante”.
O seminário contou ainda com a presença do presidente do conselho de administração executivo do Crédito Agrícola, Licínio Pina, na sessão de encerramento, que frisou, como homem do Interior, que “se não formos nós a desenvolver o Interior, não vêm cá outros fazê-lo, mas são necessárias medidas públicas para o Interior”.
António Tavares

04/05/2016
 

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