O ataque de cães vadios a rebanhos em três propriedades localizadas na zona da Serra da Cardosa, em Castelo Branco, tem resultado na morte de diversas ovelhas, às que há a somar outras feridas. Episódios que levaram a que os proprietários dessas propriedades se sintam revoltados e na passada semana, na sequência do último ataque, um dos proprietários avançou com uma queixa na Guarda Nacional Republicana (GNR), contra desconhecidos e cães vadios.
Em declarações à Gazeta o proprietário que apresentou queixa refere os prejuízos causados pelos ataques, nomeadamente no que se refere aos animais mortos, com a agravante que têm que ser os próprios proprietários a enterrá-los, uma vez que por falta de financiamento por parte do Estado o Sistema de Recolha de Cadáveres de Animais Mortos na Exploração (SIRCA) não está a funcionar.
Mas os prejuízos vão mais além e são difíceis de contabilizar, se se tiver em consideração as ovelhas que ficam feridas. É que neste caso “para além das despesas com o tratamento”, é realçado que esses animais “perdem valor”.
O mesmo proprietário destaca que a sua quinta “é completamente vedada e pensava que nesse aspeto era segura, mas os cães arranjam sempre maneira de entrar”.
Quanto aos cães que têm realizado estes ataques, afirma que “são cães vadios, que não têm dono, mas têm um cuidador, que não implica que seja proprietário”.
Acrescenta ainda que a origem dos cães está identificada, porque “conseguimos segui-los até umas instalações localizadas na Zona Industrial, onde eles entraram perfeitamente à vontade”, acrescentando que uma vez ali “se tornaram agressivos, a partir do momento que estavam em casa a defender o seu território”.
Na sequência desta descoberta os proprietários das ovelhas contactaram os do espaço em causa, os quais “nos informaram que tinham informado o canil da existência desta matilha, sendo-nos dito que o canil foi lá buscar os cães, ficou com uma ninhada e devolveu os restantes animais depois de os castrar”.
Perante esta situação, a Câmara de Castelo Branco, que é a proprietária do canil, apesar de este ter a gestão concessionada, assegurou que a “autarquia vai avaliar a situação”.
Pelo lado dos proprietários, o que se pretende é que a “situação seja resolvida, porque nós é que ficamos com o prejuízo”.

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