19 de julho de 2017

JOAQUIM MARTINS
Vermelho e Negro!

Vermelho e Negro! – São as cores dominantes dos canais televisivos. Fogo  e cinzas! Os incêndios dominaram a atualidade do dia a dia do último mês. E a tragédia do dia 17/06 continua em foco, e a marcar a atualidade política e os noticiários televisivos. Até como cenário de notícias! Pedrógão, Figueiró e Castanheira de Pera tornaram-se palcos que as televisões ocupam. Com despudor. Expondo emoções e raivas. Explorando fragilidades e exacerbando medos. Aceitando falsas denuncias e vincando atrasos ou faltas de resposta que o bom senso evidencia como impossíveis.
Palco que as oposições têm aproveitado para a chicana política. Para ensaiar uma linguagem populista que não era comum no País. Para pedir demissões de ministros em vez de medidas de resolução de problemas; Para fazerem perguntas retóricas, para as quais sabem as respostas; Para concluírem, pela “incompetência” do Governo que não protegeu os Portugueses, não fez uma reflorestação cuidada e eficaz, não instalou um sistema de comunicações sem falhas, nem “foi capaz”  de, num “mês”,  “distribuir” os donativos dos Portugueses!
Valha-nos o bom senso que, quase sempre, tem prevalecido nas palavras dos autarcas e nas instituições que têm procurado gerir a generosidade dos doadores. Que têm sabido dizer basta. Que têm sabido dizer que faltam braços e matérias primas – ferramentas, alfaias agrícolas, sementes, animais domésticos (e alimentação adequada) – e máquinas para restabelecer atividades de subsistência (hortas, galinheiros, currais) geradoras de vida e de esperança. Que têm, diariamente, levado alimentação e palavras de esperança aos que perderam as suas casas e haveres ou os seus postos de trabalho.
Valha-nos o bom senso e a serenidade das entidades governamentais que, no terreno, silenciosamente, têm feito o trabalho necessário para atender às necessidades imediatas e preparar as medidas de futuro.
Espera-se que haja, por parte do Governo, autarquias e instituições de solidariedade a resiliência para, com calma, “porque temos pressa”, organizar e disciplinar a ajuda e incluir nessas tarefas indispensáveis os beneficiários que sejam capazes de ajudar; É desejável que as forças militares possam ajudar a agilizar a logística e o aprovisionamento necessário para os próximos meses e a orientar a utilização de meios; É desejável que, em cada aldeia surjam ideias de organização comunitária de interajuda…

20/07/2017
 

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