26 de julho de 2017

I CONGRESSO INTERNACIONAL DE ARQUEOLOGIA E HISTÓRIA EM SETEMBRO
Investigadores do VI Campo Arqueológico Internacional já estão no terreno

Proenca Campo Arqueologico 01O primeiro grupo de investigadores do VI Campo Arqueológico Internacional de Proença-a-Nova (CAIPN) já está no terreno e foi recebido na semana passada pelo presidente da Câmara, João Lobo.
Recorde-se que a edição deste ano do Campo Arqueológico incide no Cabeço da Anta, nas Moitas, explorado em anos anteriores, e num novo campo dedicado à Idade do Ferro, situado numa zona mais a Sul do Concelho, perto do Peral.
A parceria entre a Câmara e a Associação de Estudos do Alto Tejo (AEAT) tem vindo a consolidar-se, facto que orgulha o presidente da autarquia, João Lobo, que faz um balanço positivo dos últimos seis anos, quer em termos de projeção do Concelho além-fronteiras, quer ao nível da partilha de conhecimentos e também do ponto de vista turístico.
João Lobo afirma que “a contínua procura de respostas para a nossa evolução e a forma de nos relacionarmos com o meio encontra eco na realização das atividades do Campo Arqueológico que já ultrapassa as nossas fronteiras, assumindo valência internacional, promovendo o conhecimento, mas também a construção de redes de cooperação. É exatamente por existir a parceria entre o Município e a Associação de Estudos do Alto Tejo, e desta resultar o aglutinar de outras instituições, que se tem firmado com sucesso esta iniciativa”.
Este ano, o Instituto Português do Desporto e Juventude (IPDJ) também se associou ao Campo Arqueológico e, desta forma, traz a Proença-a-Nova 30 jovens provenientes de 18 países da Europa, Ásia e América, alargando a internacionalização deste campo.
Os objetivos dos trabalhos de investigação desta edição centram-se em dois novos sítios arqueológicos, que são o Castelo do Chão do Trigo e Almourão.
A primeira campanha de sondagens arqueológicas no sítio muralhado denominado de Castelo do Chão do Trigo, atribuível à Idade do Ferro, está integrada no projeto de investigação Mesopotamos – Povoamento do 5º ao 1º milénio a.C entre o Tejo e o Zêzere, na atual Beira Baixa, e “é um povoado com uma muralha, envolvido pela Ribeira do Estevês, onde no Século XVIII há referência a um tesouro de moedas romanas, mas que nunca ninguém investigou. Queremos saber qual a época e a função deste local, de modo a completar o conhecimento sobre a ocupação antiga do território”, explica João Caninas, diretor do Campo Arqueológico de Proença-a-Nova e do projeto Mesopotamos.
No final de agosto, haverá também uma campanha mais pequena no Penedo da Albarda, em Sobral Fernando, local que se pensa ter entre 10 a 11 mil anos.
Os participantes do VI Campo Arqueológico vão ainda ter a oportunidade de participar num workshop de iniciação à indústria lítica pré-histórica, uma formação teórico-prática, que tem como objetivo identificar peças talhadas em pedra pré-históricas.
Paralelamente, o programa inclui sete conferências sobre diversos temas, como gestão de património municipal, métodos de datação absoluta, escrita do Sudoeste, restituição e modelação virtual dos territórios do passado, arqueobotânica, bioarqueologia e pintura rupestre esquemática, que terão lugar na sala multiusos da Casa das Associações, e são abertas à participação do público em geral.

I Congresso Internacional
de Arqueologia e História
Inserido ainda no VI Campo Arqueológico Internacional, Proença-a-Nova será palco, nos dias 1 e 2 de setembro, do 1º Congresso Internacional de Arqueologia e História subordinado ao tema As linhas defensivas entre o Século XVII e Napoleão.
Perante isto, João Caninas afirma que “Proença-a-Nova tem um dispositivo de estruturas militares muito interessantes, assim como Vila Velha de Ródão, com o mesmo objetivo: travar as invasões que entravam pela Beira Baixa”.
O Congresso foi desenhado em colaboração com o Exército Português e tem já o programa fechado, contando com professores universitários portugueses, estrangeiros e alguns militares, que abordarão a temática das linhas defensivas na Europa nos séculos XVII, XVIII e XIX. João Caninas acrescenta ainda que “a expectativa para este evento é conseguir projetar ainda mais Proença-a-Nova” e internacionalizar estas estruturas.
Por seu lado, João Lobo reforça que além do forte interesse histórico, “é também com ofertas como o Campo Arqueológico que projetamos os nossos territórios, conseguindo aliar ciência, conhecimento, partilha, turismo e criar redes ao nível internacional pelo património que é fator de desenvolvimento e, consequentemente, de sustentabilidade” e lança um desafio à participação no Congresso, realçando que “em Proença estamos sempre disponíveis para receber e inovar”.

27/07/2017
 

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