SESSÃO COMEMORATIVA, NA BIBLIOTECA MUNICIPAL
Mulheres socialistas lutam contra a violência de género
O Departamento Federativo das Mulheres Socialistas de Castelo Branco dinamizou, segunda-feira, na Biblioteca Municipal de Castelo Branco, uma sessão comemorativa do Dia Internacional da Violência Contra as Mulheres, que contou com a participação da secretária de Estado da Igualdade, Rosa Monteiro.
O painel da iniciativa contou também com a presença da presidente da Federação do Partido Socialista de Castelo Branco, Hortense Martins, bem como de representantes da Câmara de Castelo Branco, da Guarda Nacional Republicana (GNR), da Segurança Social, da Unidade Local de Saúde de Castelo Branco (ULSCB) e da Associação Amato Lusitano.
Numa posição unânime todos os intervenientes criticaram a violência, que consideraram “vergonhosa”, não deixando de lado outro tipo de atos violência,, uma vez que todos são vistos como “muito preocupantes”.
Na sua intervenção o representante da GNR aproveitou para apontar “a carência de uma casa de emergência”, salvaguardando que “a Santa Casa faz o melhor que pode, mas o ideal era um espaço próprio, para depois as mulheres irem para uma casa abrigo”.
Uma lacuna a que Rosa Monteiro não ficou indiferente, adiantando que essa pode ser uma prenda que pode chegar até final do ano.
A secretária de Estado destacou que no caso da violência contra mulheres “o trabalho em rede, no território, é decisivo”, garantindo, por outro lado, que “nunca vamos solucionar a violência, enquanto não atingirmos patamares de igualdade”.
Rosa Monteiro afirmou também que por parte das vítimas “há receio, vergonha de denunciar, existindo preconceitos que as inibem de denunciar”, para mais à frente defender que “a violência decorre de relações assimétricas de poder”, sendo que “a assimetria não é só económica, resulta também da maneira de estar numa relação, do medo de ficarem sozinhas”.
A membro do Governo não escondeu que “não temos coesão territorial nesta matéria da violência”, para defender que “temos que criar coesão e cobrir melhor o País”, avançando igualmente que “é preciso homogeneizar as formas de atuação por parte dos vários agentes”.
António Tavares