APROVADO EM CONSELHO DE MINISTROS
Jardim Episcopal e Passadiço já são Monumento Nacional
O Jardim Episcopal, conhecido como Jardim das Estátuas, e o Passadiço sobre a Rua Bartolomeu da Costa, já são Monumento Nacional, depois da aprovação verificada na passada quinta-feira, 3 de maio, em Conselho de Ministros.
Com esta classificação, o conjunto formado pelo Jardim Episcopal, o Passadiço sobre a Rua Bartolomeu da Costa e o antigo Paço Episcopal de Castelo Branco, onde está instalado o Museu Francisco Tavares Proença Júnior, passa a ser Monumento Nacional.
Recorde-se que tal como a Gazeta noticiou o processo de classificação teve início em outubro do ano passado, com a publicação em Diário da República.
No anúncio assinado pela diretora-geral do Património Cultural, Paula Araújo da Silva, podia ler-se que “faço público que, com fundamento em parecer da Secção do Património Arquitetónico e Arqueológico do Conselho Nacional de Cultura (SPAA - CNC) de 3 de maio de 2017, é intenção da Direção-Geral do Património Cultural propor a Sua Excelência o Ministro da Cultura a classificação como Monumento Nacional (MN) do Paço Episcopal de Castelo Branco, de modo a incluir o Jardim Episcopal e o passadiço, em Castelo Branco, Freguesia, Concelho e Distrito de Castelo Branco”.
Num documento da Direção Regional de Cultura do Centro, datado de outubro de 2014, também se podia ler-se que “concordo com o proposto tecnicamente”.
Já num parecer, a Secção do Património Arquitetónico e Arqueológico (SPAA) do Conselho Nacional de Cultura (CNC) tinha aprovado, em maio do ano passado, a proposta de ampliação da classificação.
No documento era referido que “O Jardim Episcopal (Como as alteradas horta e bosque) é vulgarmente conhecido como o Jardim das Estátuas e é parte integrante do Paço Episcopal de Castelo Branco, sendo uma obra maior da arquitectura e do paisagismo do Período Barroco em Portugal. O Jardim foi projetado e construído entre 1715 e 1725 por iniciativa direta do Bispo da Guarda, D. João de Mendonça, e é uma obra notável que conjuga as diversas artes (Arquitetura, Paisagismo, Escultura, Azulejaria e revestimentos arquiteturais com ornatos em relevo, etc) com os novos saberes da hidráulica, num programa complexo e carregado de simbolismo. Partes do Jardim foram objeto de um recente e cuidadoso restauro”.
Por outro lado era avançado que “o passadiço integra o Jardim e articulava este e o Palácio com os restantes elementos, da Horta e do Bosque, que no conjunto definiam um extraordinário complexo, pelo que faz agora todo o sentido incluí-lo na atual proposta de ampliação da classificação original”.
A acrescentar a isto era ainda considerado que “os relevantes valores culturais presentes no Jardim e no seu Passadiço, garantem a satisfação dos critérios que fundamentam os processos de classificação de bens culturais neste elevado nível, tanto ao nível dos critérios gerais (caráter histórico-cultural, estético-social e técnico-científico), como de critérios complementares (integridade, autenticidade e exemplaridade”).
António Tavares