NA FASE DE MAIOR EMPENHAMENTO
Distrito vai contar com 737 operacionais no combate aos incêndios
O Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Rurais (DECIR) no Distrito de Castelo Branco, para este ano, no nível de maior empenhamento, entre 1 de julho e 30 de setembro, vai contar com 737 operacionais e 154 viaturas, o que representa um acréscimo de 11 por cento, em relação ao ano de 2017.
Os números foram apresentados na passada segunda-feira, 28 de maio, no Centro de Empresas Inovadoras (CEI) de Castelo Branco, pelo comandante distrital de Operações de Socorro, Francisco Peraboa, que no respeitante a incêndios realçou a importância de “prevenir comportamentos de risco; vigiar, detetar e avisar, e combater com rapidez e segurança”.
Uma matéria em relação à qual também destacou que “a deteção precoce é importantíssima e, aqui, entra o cidadão”.
Francisco Peraboa frisou, igualmente, que Castelo Branco “é o distrito com maior potencial ardível do País”, o que o levou a defender que “é fundamental reduzir o número de ocorrências”.
No que se refere a meios aéreos e aos três centros de meios aéreos (CMA), que são Castelo Branco; as Moitas, no Concelho de Proença-a-Nova; e Cortes do Meio, no Concelho da Covilhã, a novidade é que o Distrito passa a contar, durante todo o ano, com um helicóptero ligeiro estacionado em Castelo Branco e dois aviões bombardeiros médios estacionados na Pista da Moitas. A estes meios, na fase entre 15 de julho e 30 de setembro, cada um dos CMA receberá mais um helicóptero.
Como em anos anteriores, há ainda a somar a estes meios aéreos o helicóptero da Afocelca.
Na apresentação, foi também destacado que o Distrito, este ano, regista um reforço a vários níveis, em comparação com o ano passado. Exemplo disso são as Equipas de Intervenção Permanente (EIP), que passam de 11 para 12 e as equipas de sapadores florestais que passam de 18 para 24.
Para além disso o Distrito terá um grupo de ataque ampliado e no nível de maior empenhamento, os comandantes permanentes às operações passam dos três de 2017, para seis.
Destacada foi também a importância das máquinas de rasto, com Francisco Peraboa a chamar a atenção para o facto de serem fulcrais, não só no combate direto e indireto, mas também nas operações de rescaldo, onde “são um fator importantíssimo”.
Nesta área da maquinaria foi adiantado que os concelhos de Fundão, Oleiros, Penamacor, Proença-a-Nova, Sertã e Vila Velha de Ródão terão disponíveis, “em permanência”, uma máquina de rasto, sublinhando que “também todos os outros municípios, não tendo máquinas próprias, têm soluções”.
Ainda com a atenção centrada nos reacendimentos, Francisco Peraboa adiantou que nos últimos três anos não se registou nenhum, sendo igualmente referido que em quatro anos seguidos não se registou qualquer falso alerta.
Outro dado avançado, e a reter, é que no ano passado, com 636 ocorrências, se registou um aumento de 66 por cento, em comparação com 2016, sendo que em relação à média da década de 2007-2017, o aumento foi de 24 por cento. Foi ainda avançado que o ano de 2014 foi um “ano muito bom”, com 272 ocorrências, mas sendo adiantado que em 2015 esse número duplicou.
António Tavares