Joaquim Martins
AS VELAS DO TEMPO
O gesto de soprar as velas, nas festas de aniversário, tem vários significados. No caso da Gazeta do Interior significa expressar, em segredo, o desejo de uma nova etapa: A informar. A registar momentos da história coletiva. A propor olhares. A deixar alertas. A anunciar e denunciar.
Vivemos tempos difíceis. Em que as novas tecnologias como os cogumelos se multiplicam e trazem desafios. E exigem atenção e tempo. Que não há. Porque vivem da novidade, da imagem, da mudança. E o tempo que, como sugere o MEC, “é o nosso maior património” torna-se escasso e um bem demasiado precioso. Que não poder ser desperdiçado com a leitura de jornais.
É uma perceção errada. Uma ilusão. O slogan de há uns anos Ler jornais é saber mais continua verdadeiro. Precisamos dos jornais. Sobretudo dos regionais e locais. Para conhecermos a nossa comunidade, as nossas instituições, a nossa realidade. As nossas tradições. O nosso património material e imaterial. As nossas realizações. Os nossos combates, com o registo das derrotas e vitórias.
A Gazeta do Interior quer continuar a fazer o seu papel. A dar voz. A informar. A registar acontecimentos e memórias. A dar rosto aos nossos campeões (fizemo-lo especialmente a semana passada) e aos movimentos e realizações inspiradoras da nossa comunidade (fazemo-lo especialmente esta semana); a dar voz e rosto aos nossos autarcas que estão ao serviço da comunidade; a dar voz e rosto às associações e organizações da sociedade, quer civis, quer religiosas, que dão vida aos lugares e cuidam dos mais frágeis.
No momento de registar o aniversário, o nosso “Bem hajam” beirão aos que nos lembraram e formularam votos de parabéns e agradecimentos especiais, aos trabalhadores, colaboradores e leitores.