8 de agosto de 2018

POLÉMICA DAS PORTAGENS DA A23
PS arrasa intervenção do PSD na defesa da Região

A Federação Distrital de Castelo Branco do Partido Socialista (PS), liderada pela deputada Hortense Martins, com base na polémica que tem rodeado as portagens da Autoestrada da Beira Interior (A23), assegura que o PS “está a cumprir os compromissos assumidos” e crítica o Partido Social Democrata (PSD), porque “não explicou o voto contra”, no que respeita aos dois projetos de resolução, um do Partido Comunista Português (PCP) e outro do Bloco de Esquerda (BE), que recomendavam ao Governo a eliminação das portagens da A23 e que não foram aprovados na sessão da Assembleia da República realizada dia 18 de julho.
Os socialistas afirma que “assistimos com algum espanto à tentativa de manipulação grosseira e de distorção dos factos, a propósito da votação favorável pela abolição das portagens na A23, por parte dos deputados do Partido Socialista, que assim votaram ao lado das populações, tal como o fizeram em coerência com o que têm defendido”, salientando que o PS “cumpriu e está a cumprir o compromisso eleitoral assumido” que, recordam, definia que “os candidatos do PS à Assembleia da República vão defender, na próxima legislatura, a avaliação e a revisão do regime das portagens, imposto pelo PSD na Autoestrada da Beira Interior, operando uma redução substancial ou ponderando a sua isenção”.
Com base nisso é também relembrado que o PS “apresentou um projeto de resolução que defendia o processo de redução das portagens, que foi aprovado e em que os deputados do PSD e CDS não votaram a favor”, acrescentando a este respeito que “neste momento já estão em vigor descontos nestas vias, quer para ligeiros, quer para pesados. E recentemente foi ainda anunciado, o prosseguimento desses descontos”.
Tudo para reiterarem que “os deputados do PS eleitos por Castelo Branco, continuarão a lutar, para que as populações sejam beneficiadas, nu- ma luta em coerência com o que sempre têm defendido”.
E é com base em tudo isto que surgem as críticas ao PSD, porque “a Distrital do PSD ao invés de justificar a sua posição, onde mais uma vez estiveram contra a eliminação das portagens na A23, tentam debalde, procurar fragilidades na posição tomada pelos deputados do Partido Socialista”.
Face a esta posição os socialistas afirmam que “repudiamos totalmente esta tentativa de manipulação, por parte da Distrital do PSD e dos deputados eleitos pelo PSD” e ripostam que “há muitas questões que têm que responder. Como sendo, o facto de não terem votado favoravelmente a recomendação ao Governo, aprovada nesta legislatura e que pretendia a descida das portagens nas vias do Interior e sem alternativa”.
Questionam também “o facto de nunca terem assumido posições de defesa da Região e terem estado calados, quando o Governo PSD/CDS eliminou a descriminação positiva desta Scut A23 e da A25, que tinha sido implementada pelo Governo do PS, e que, como sabemos, consistia na isen- ção nestas vias e descontos para os residentes e empresas aqui localizadas”, concluindo que “nós temos, essa resposta, porque foram muitas as vezes, em que defenderam a implementação de portagens pagas pelos utilizadores, o chamado princípio do utilizador pagador”.
As críticas aos social democratas vão mais além, ao realçarem que “também nunca ouvimos uma palavra aos deputados do PSD quando o seu governo encerrou o Centro de Contacto da Segurança Social, um serviço nacional para resposta aos cidadãos e empresas, localizado em Castelo Branco, e em boa hora reaberto por este governo do PS nesta legislatura, em coerência com o defendido por deputados e autarcas”.
Toda acusatória que se mantém ao referirem que “nem sequer ouvimos, uma palavra de defesa do projeto da Barragem do Alvito, quando o Governo do PSD/CDS anunciou o adiamento e suspensão do projeto que mais não era do que o adiamento para as calendas gregas, ou seja para sempre, em resultado da aceitação da desistência de uma concessão adjudicada à EDP para construção desta barragem”.
Isto, argumentam, enquanto os deputados do PS “questionaram os governantes sobre este assunto, enquanto reinava o silêncio e a anuência por parte dos eleitos que apoiavam aquele Governo”.
Posições que para o PS são esclarecedoras, uma vez que “isto já não surpreende as populações, que sabem que nunca puderam contar com o PSD para a defesa do desenvolvimento desta região”, contrapondo que “as ações e projetos de investimento no Distrito foram sempre implementados pelos governos do Partido Socialista, e em resultado da defesa dos seus deputados e autarcas”, dando como exemplos a “construção da Scut da A23 sem portagens; a Faculdade de Medicina, a instalação da rede de gás natural, o Regadio da Cova da Beira e da Campina de Idanha, o Estatuto de Benefícios Fiscais à Interioridade, os projetos de requalificação Polis quer em Castelo Branco, quer na Covilhã, e tantos outros projetos e infraestruturas completamente essenciais, para o reforço desta Região”.
Argumentos que levam os socialistas a lançar um desafio, quando defendem que “ao invés de insultar, a Distrital do PSD poderia dedicar-se a defender a Região e a dizer o que já fez pela mesma, nomeadamente através dos Governos do PSD e não tentar lançar lama sobre os outros, para esconder as suas próprias falhas e limitações”, para concluírem que o PS “continuará a pugnar pela defesa intransigente das populações, do desenvolvimento da nossa região e em cumprimento dos seus compromissos eleitorais, mesmo quando essas lutas são difíceis e os progressos demorados. Não serão atitudes destas que nos irão deter”.

08/08/2018
 

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