XIX FÓRUM NACIONAL DE APICULTURA E XVII FEIRA NACIONAL DO MEL REALIZAM-SE EM NOVEMBRO
Central Meleira aumenta produção
A Central Meleira, que se localiza na Zona Industrial de Castelo Branco e que está instalada num edifício da Câmara, sendo gerida pela Meltagus – Associação de Apicultores do Parque Natural do Tejo Internacional, encerrou a campanha deste ano na passada segunda-feria, 15 de outubro, e o principal dado a reter é que registou um aumento de produção, em comparação com o ano passado.
No balanço da campanha, o presidente da Câmara, Luís Correia, afirmou que “se havia dúvidas em relação a este investimento, está hoje demonstrado o sucesso desta infraestrutura” e sublinhou que “temos feito investimentos ao longo do tempo, não foi só o inicial, pois foram adquiridos novos equipamentos, de modo a ir ao encontro das necessidades”.
Luís Correia recordou que na campanha de 2017 foram extraídos 55 lotes de mel, o que representa 30 toneladas, ao que houve a juntar 182 quilogramas de pólen e duas toneladas de cera, abrangendo 42 apicultores.
Valores que na campanha deste ano registaram, todos eles, um crescimento, pois foram extraídos 68 lotes de mel, o que representa 36 toneladas, juntando-se-lhe uma tonelada de pólen e quatro toneladas de cera, abrangendo 55 apicultores, dos quais 35 do Concelho e 20 de fora.
Perante estes números Luís Correia destacou “a maior adesão dos apicultores à Central Meleira, que tem motivado e incrementado este setor na nossa região, o que é um facto importante para a nossa economia”.
O autarca recordou, por outro lado, que a Central Meleira “continua a funcionar sem custos para os apicultores, que não pagam a extração do mel, nem as análises que todas que todas extrações têm que ter, pois são realizadas no Centro de apoio Tecnológico Agroalimentar (CATAA)”.
Luís Correia fez também questão de deixar claro que “a Câmara não se substitui à atividade privada, pois, aqui, desenvolvemos a atividade em parceria com a Meltagus” e avançou que “estamos ao serviço de todos os apicultores”, para adiantar que “começamos a ser reconhecidos e em novembro vamos ter um encontro de apicultores a nível nacional”.
O autarca referiu ainda que “este é um trabalho que nos deixa satisfeitos” e assegura que, “hoje, o setor apícola está mais forte em Castelo Branco”.
Pelo lado da Meltagus, Odete Gonçalves destacou todo o apoio disponibilizado pela Câmara de Castelo Branco, para mais à frente se referir à importância da Central Meleira, porque “veio ajudar a que os apicultores cumpram a legislação em vigor, para poder comercializar o mel”.
Odete Gonçalves sobre o XIX Fórum Nacional de Apicultura e a XVII Feira Nacional do Mel, que decorrem em Castelo Branco de 16 a 18 de novembro, referiu ainda que o dia 16 de novembro será preenchido com workshops, enquanto o dia 18 será dedicado a um passeio turístico que em como objetivo dar a conhecer o Concelho de Castelo Branco.
O programa do Forum
e da Feira
O XIX Fórum Nacional de Apicultura e a XVII Feira Nacional do Mel decorrem em Castelo Branco de 16 a 18 de novembro, com o programa do primeiro a ter como palco o Cine-Teatro Avenida e a segundo o estacionamento da Devesa.
No que respeita ao Fórum, no dia 17 de novembro, as inscrições realizam-se a partir das oito horas, sendo que a sessão solene de abertura se realiza entre as nove e as 10 horas.
A partir das 10 horas decorre a sessão Sustentabilidade futura da apicultura, que se prolonga até às 13 horas, altura em que se realiza um debate. Nesta sessão serão abordados temas Importância e impacto das alterações climáticas na sustentabilidade da apicultura em Portugal, por Helena Freitas, do Centro de Ecologia Funcional da Universidade de Coimbra; A flora apícola e os incêndios florestais, por Ofélia Anjos, da Escola Superior Agrária (ESA) de Castelo Branco; Fraudes e adulterações no mercado do mel: Estado atual e novas técnicas analíticas de combate, por Jorge Cáceres, da Universidade Complutense de Madrid, e Santiago Escribano, da Universidade Politécnica de Madrid; e será apresentada a Comissão Técnica Nacional Produtos Apícolas, por Susete Sim-Sim, do Instituto Português de Qualidade (ISQ).
Na parte da tarde, entre as 15 e as 17h30, decorre a sessão Programa Nacional Apícola, na qual serão apresentados os temas O Programa Apícola nacional após 2020, por David Gouveia, do Gabinete de Planeamento e Políticas; Resultados preliminares do projeto APISCBUS – A alimentação artificail para abelhas: rastreio da qualidade, digestabilidade e impacto nas col´nias, por Miguel Vilas Boas, da Escola Superior Agrária de Bragança; Resultados preliminares do projeto sBee – Smart Beekeeping, por Luís Ferreira, do Instituto Politécnico do Cávado e do Ave; e Resultados preliminares do projeto ARMA 4VESPA – Armadilhas seletivas para eliminação da vespa velutina, por Miguel Cerqueira, do International Iberian Nanotechnoilogy Laboratory.
Entre as 17 horas e as 18h30 realiza-se uma mesa redonda subordinado ao tema Importância da apicultura para a economia e o desenvolvimento rural, ao que se seguirá a sessão de encerramento.
António Tavares