COMEMORAÇÕES DO 38º ANIVERSÁRIO DO POLITÉCNICO
António Fernandes está confiante no futuro
O Instituto Politécnico de Castelo Branco (IPCB) completou, no passado domingo, 28 de outubro, o 38º aniversário, pelo que na passada segunda-feira, assinalou a data festiva, no auditório da escola Superior de Tecnologia (EST) de Castelo Branco.
Uma sessão na qual o presidente da Politécnico, António Fernandes, começou por fazer um balanço do mandato que iniciou há pouco mais de cinco meses, para de seguida realçar que “iniciamos este ano letivo com um aumento do número de novos estudantes”, pelo que a instituição conta, neste momento, com 1.532 novos estudantes, mais 52 que no ano passado, distribuídos por licenciaturas, Cursos Técnicos Superiores Profissionais (CteSP), mestrados e pós-graduações”.
Isto representa para António Fernandes um “motivo de orgulho”, adiantando ainda que “inscreveram-se nos cursos de licenciatura 1.015 novos alunos, mais 29 que no ano letivo anterior”, sendo que “532 são provenientes do Concurso Nacional de Acesso (CNA), 50 do concurso local e 433 ingressaram por via de outros regimes”.
Adiantou ainda que “ao nível das pós-graduações e dos mestrados, a instituição conta já com 212 novos estudantes”, enquanto nos “CTeSP temos 304 novos alunos, mais 72 que no ano letivo passado”, acrescentando ainda que estas “são formações muito interessantes que respondem às necessidades de qualificação de técnicos com que as organizações atualmente se deparam”, ao mesmo tempo que “são formações com um horizonte temporal mais curto, são específicas e possibilitam o ingresso no Ensino Superior”.
António Fernandes revelou que no contexto das formações curtas há projetos em curso, pelo que, apontando o caso dos “cursos breves que queremos até final do ano apresentar em parceria com a Associação Empresarial da beira Baixa (AEBB). Ou uma formação de curta duração que estamos a desenvolver com a Câmara de Proença-a-Nova”. A isto há ainda a acrescentar “outras propostas sobre este contexto de formação e outros projetos para apresentar junto dos senhores presidentes de câmara”.
Lutar contra
a redução demográfica
A tudo isto António Fernandes acrescentou ainda que o Politécnico “conta com 56 estudantes já admitidos em três pós-graduações de ensino à distância, numa abordagem diferente, onde é o IPCB que se desloca, ainda que virtualmente, até ao estudante”.
O presidente do Politécnico adiantou também que “no quadro de captação de estudantes estrangeiros, este ano letivo matricularam-se 229 estudantes internacionais, mais 78 que no ano letivo anterior” e “temos 45 alunos do Instituto Politécnico de Macau”.
Já noutra abordagem António Fernandes referiu que “conhecemos a tendência de redução demográfica da Região Centro. O decréscimo e jovens com 18 anos vai ser de 2,5 por cento ao ano. No Interior da Região Centro terá consequências muito relevantes no número de estudantes que ingres- sarão nas instituições de Ensino Superior aqui implementadas”, pelo que, afirma, “man- tenho alguma esperança que, no curto prazo, o País deixe de desperdiçar cerca de dois terços dos jovens que terminam o Ensino Secundário ou o Ensino Profissional e não ingressam no Ensino Superior”.
António Fernandes centrou também a atenção no Decreto de Lei 65/2018, para afirmar que “veio reforçar as exigências sobre a capacidade das instituições de Ensino Superior para desenvolver atividades de investigação e desenvolvimento (I&D), segundo o subsistema em causa, passando estas exigências a ser consideradas para efeitos de acreditação em todos os ciclos de estudo. Acresce que é garantido que a acreditação de ciclos de estudo conducentes são grau de doutor depende da existência de ambientes próprios de investigação de alta qualidade, designadamente considerando os resultados da avaliação das unidades de I&D, regularmente realizada pela Fundação para a Ciência e Tecnologia, e a integração alargada dos docentes desse ciclo de estudos em unidades com classificação mínima de muito bom na área científica correspondente. A atribuição de grau de doutor deixa assim de estar dependente do subsistema a que pertence a instituição. Deixa de ser um impedimento legal e passa a depender de um conjunto de critérios objetivos que são iguais para universidades e politécnicos. O IPCB possui, atualmente, seis Unidades de Investigação e Desenvolvimento (UDI). Sou da opinião que, especialmente no Ensino Superior Politécnico, as práticas de ensino e aprendizagem devem focar-se nas profissões e terem suporte nas atividades de investigação. Esta evolução do IPCB para um nível organizacional científico-tecnológico que estimula s valores intrínsecos das atividades de investigação terá forte impacto na Instituição, permitindo a criação de grupos fortes de investigação que diferenciam a instituição em termos de oferta formativa e de onde programas de doutoramento podem emergir, focados na inovação e criação de novas soluç ional”.
Luís Correia elogia
Politécnico
Na sessão comemorativa do 38º aniversário, esteve presente, entre outros, o presidente da Câmara de castelo Branco, Luís Correia, para quem “38 anos representa um trabalho muito importante para a Região”, porque o Politécnico “é uma instituição fundamental para desenvolver a Região, a economia, para continuarmos a resistir às dificuldades que a Região enfrenta”. Por isso reforça que “a relação entre o Politécnico e a Câmara é fundamental para o nosso desenvolvimento”, destacando a importância de “estarem de mãos dadas”.
Isto, realça, “numa parceria que não é mera retórica”, adiantando, logo de seguida, a importância de “continuar a reforçar a cooperação na gestão das infraestruturas que temos”, dando como exemplo o Centro de apoio Tecnológico Agroalimentar (CATAA), pois “ficaremos todos a ganhar”.
Luís Correia garantiu que “contem connosco para todos os projetos que ajudem a diferenciar o Politécnico”, referindo, por exemplo, que “nos projetos de ligação às empresas contem connosco, porque é fundamental para a economia e para a criação de emprego”.
Este “contem connosco” vai ainda mais além, no que respeita “às infraestruturas necessárias para fixar os jovens que acabam a sua formação no Politécnico”, dando como exemplo a Fábrica da Criatividade.
António Tavares