9 de outubro de 2019

João Carlos Antunes
Apontamentos da Semana...

QUINZE DIAS DE CAMPANHA ELEITORAL, comícios, arruadas, mergulhos em feiras e mercados ao encontro do povo , mesmo os debates,  não foram suficientes para motivar a que uma larga franja do eleitorado tirasse uns minutos ao seu domingo para ir votar.  Quarenta e cinco por cento, quase metade do eleitorado, de abstencionistas deveria fazer tocar a rebate os responsáveis partidários e todos os democratas. Mesmo descontando aqueles, e serão em número significativo, que já não deveriam figurar nas listas de recenseamentos, serão muitos ainda os cidadãos que desprezam, por alguma razão, a oportunidade para manifestarem a sua posição sobre a forma de condução do seu país. E não podemos acreditar que tenha sido por falta de alternativas. Vinte e um partidos ou movimentos políticos foram às urnas ocupando um espectro político completo. E eu que bem gostaria  aqui de homenagear todos aqueles, mais de uma geração, que se bateram pelo direito ao voto e à participação e intervenção  numa sociedade democrática. Que não merecem este alheamento. Se a dimensão do número de abstencionistas foi um dos aspetos  mais destacados no momento eleitoral vivido passado domingo, outros valerá a pena aqui referir. Como a continuidade reforçada da tendência rosa no nosso distrito, passando a estar representado por três deputados socialistas contra um do PSD, que aqui, como nos distritos vizinhos de Portalegre e Guarda viria a perder um deputado em favor dos socialistas. E a distrital laranja foi uma das primeiras a avançar para uma contestação à liderança de Rui Rio que não teve razões para se manifestar tão satisfeito com os resultados ao lembrar que não foi bom mas que podia ter sido pior. Como catastróficos foram os resultados do CDS que, cumprindo-se um prognóstico que aqui deixámos logo no início da campanha, voltou a ser o partido do táxi. Um desastre tão grande, e as europeias já eram premonitórias, que levou logo Cristas a abandonar a liderança. A vitória da esquerda foi avassaladora, com mais de sessenta por cento dos eleitores a premiar a geringonça que nos governara durante quatro anos. Com a vitória clara e reforçada do PS a constituição de um novo governo, uma geringonça 2.0, pode-se apresentar de forma mais fácil.  Finalmente , algumas notas. Umas positivas como seja a eleição de Joacine Moreira  que pode dar importante contributo para um melhor parlamento, que sai mais rejuvenescido, com uma maior participação feminina e, pela primeira vez, três novas deputadas negras. Anote-se ainda a entrada de um novo partido da direita liberal e a novidade, negativa,  de a extrema direita populista passar a ter representação parlamentar, um vírus que tem nas redes sociais terreno fértil.

09/10/2019
 

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