ZONA HISTÓRICA VAI TER UM NOVO ESPAÇO DEDICADO À CULTURA
António Salvado doa casa onde nasceu à Câmara
António Salvado assinou, na passada quarta-feira, 12 de fevereiro, a escritura de doação da casa onde nasceu, à Câmara de Castelo Branco.
O imóvel situa-se na Rua D’Ega, na Zona Histórica de Castelo Branco, sendo que agora será alvo de obras de requalificação, de modo a tornar-se uma casa com finalidades culturais.
O presidente da Câmara de Castelo Branco, Luís Correia, adianta que “esta é uma casa que pretendemos reabilitar e colocar lá o espólio da obra de António Salvado e dessa forma valorizar aquilo que é a sua obra e o poeta António Salvado”.
Luís Correia faz questão de destacar “o profundo agradecimento ao poeta e à família, por este gesto” e assegura que “a Câmara saberá honrar esta obra muito grande e que muito diz à história e à cultura de Castelo Branco”.
O autarca acrescenta ainda que “este é mais um espaço dedicado à cultura, à obra do poeta António Salvado”.
António Salvado que começa por referir que “continuo a acreditar que a autarquia pode ser depositária de muita coisa”, para frisar que a ideia de doar a casa onde nasceu “já vinha de longe. Agora é a altura de doar a casa onde nasci”.
Quanto ao que pretende ver ali surgir, António Salvado revela que no rés do chão a ideia “é instalar uma biblioteca infantil, para os meninos das ruas que eu pisei”.
Já para o primeiro andar preconiza uma sala “com uma biblioteca, com a minha biblioteca de poesia, mais livros de arte, de música, de museologia”, funcionando ainda como “um espaço para 50 a 60 pessoas dedicado a conferências e encontros”.
Quanto ao forro, pretende que acolha “o espólio de artes, bem como os recortes de jornais e revistas da minha vida literária”.
Perante isto Luís Correia concorda que este é um “desafio muito importante, que a Câmara acolhe com todo o gosto, que acolhemos com todo o agrado” e recorda que “temos feito um caminho muito forte na política cultural”, sendo que “este desafio é mais um passo na nossa cultura”.
Um passo que também considera importante, porque “é um espaço na zona antiga da cidade. Um espaço que ajudará também a dinamizar aquele bairro”.
Luís Correia afirma que, agora, “o primeiro passo é definir o projeto de obras, para a requalificação de todo o edifício, para ser feito o que é o objetivo desta doação”.
Por isso garante que, “brevemente, será aberto o concurso para a elaboração do projeto, na base das ideias da Câmara e de António Salvado”.
Seguir-se-á “a construção e, depois, a instalação de todos os objetos definidos”, para culminar com “a dinamização do espaço”.
António Tavares