LOCALIZADA NA ZONA HISTÓRICA
Casa António Salvado vai ter Sociedade de Amigos
António Salvado, tal como a Gazeta noticiou, doou à Câmara de Castelo Branco a casa onde nasceu, localizada na Rua D’Ega, na Zona Histórica de Castelo Branco. Na sequência dessa doação, segundo a Gazeta apurou está agora a ser constituída a Sociedade de Amigos da Casa António Salvado.
António Salvado, depois de realçar que “tudo o que vou dizer no referente ao que será a dinamização da Casa, será, na devida altura, e, evidentemente, apresentado ao senhor presidente da Câmara de Castelo Branco”, para adiantar que no respeitante à Sociedade “o primeiro amigo, metaforicamente considerado, da Casa António Salvado, julgo, ali bem perto, é o admirável, e muito bem conseguido no seu conteúdo, painel pintado na parede de um dos largos, nestes joguei muito à bola..., da autoria da original artista, a pintora de alta qualidade Rosário Belo”.
Quanto à constituição da Sociedade de Amigos da Casa António Salvado, o poeta Albicastrense adianta que “um grupo de amigos está em vias de concretizar a formação” dessa sociedade, e destaca que, “parece-me poderá vir a ser um essencial suporte relativamente à existência e ações da referida Casa”.
António Salvado adianta que, “entre outros propósitos, à Sociedade caberá a obrigação de colaborar na boa realização do programa cultural da Casa; o empenho na divulgação e no estudo da minha obra poético, o acentuado zelo pela conservação material do espaço”.
Para António Salvado a Casa “centra um eixo cultural da maior relevância, e para lá do facto de se encontrar na Zona Histórica da cidade, de um lado, o Museu Francisco Tavares Proença Júnior, com os belíssimos jardins; do outro, a minha Igreja de Santo António, com o seu primoroso interior para concertos; o Arquivo Distrital; a Galeria do Arco do Bispo; o Centro de Interpretação do Bordado de Castelo Branco e, enfim, o Museu Cargaleiro, e a todas estas estruturas a Casa pedirá a melhor colaboração na efetivação do programa das suas atividades”.
António Salvado acrescenta ainda que, “como aliás já manifestei anteriormente vontade, gostaria que no rés do chão funcionasse uma biblioteca infantil, mas que este espaço fosse também lugar para sessões usuais com os mais jovens, visando-se despertar o interesse a, sessões de explicação e análise de textos, entre outros. No primeiro andar, as paredes serão revestidas com livros de poesia, de museologia, de arte, de música da minha biblioteca, CDs e afins. Esse espaço receberá leitores e investigadores e, digamos, também que no primeiro andar caberão boas dezenas de cadeiras, onde se sentarão os assistentes de colóquios, não só relativos à minha obra, claro; palestras; encontros; sessões multidisciplinares e outras iniciativas, todas tendo como cerne impulsionador a poesia. Um forro, devidamente preparado, guardará a correspondência recebida durante anos e anos, recortes de jornais e revistas referentes à minha vida profissional e literária, manuscritos meus e outros elementos”.
António Tavares