PORTUGAL JÁ TEM QUATRO PESSOAS INFETADAS
Os cuidados a ter com o COVID-19
Portugal já tem quatro pessoas infetadas com o novo coronavírus, o COVID-19, pelo que os cuidados a ter por parte de todos devem ser uma prioridade. Claro está, sem alarmes.
O COVID-19, como adianta a Direção Geral da Saúde (DGS) origina uma infeção semelhante a uma gripe comum, sendo que, nos casos mais graves, pode evoluir para uma doença mais grave, a pneumonia.
O COVID-19 foi identificado, pela primeira vez, em dezembro do ano passado, em Wuhan, na China, e as suas vias de transmissão ainda estão a ser investigadas, sendo que a transmissão pessoa a pessoa já foi confirmada.
O que já se sabe, de acordo com a Organização Mundial Saúde (OMS), é que o COVID-19 não é transmitido pelos animais domésticos, uma vez que não há evidência de que os animais domésticos, tais como cães e gatos, tenham sido infetados e que, consequentemente, possam transmitir o COVID-19.
No que se refere a sintomas, a DGS adianta que as pessoas infetadas podem apresentar sinais e sintomas de infeção respiratória aguda, como febre, tosse e dificuldade em respiratória. Em casos mais graves pode levar a pneumonia grave com insuficiência respiratória aguda, falência renal e de outros órgãos e eventual morte.
O período de incubação do COVID-19 ainda está a ser investigado, ao mesmo tempo que estão a ser desenvolvidos estudos para criar uma vacina. Enquanto isso não é uma realidade, o tratamento é dirigido aos sinais e sintomas.
O que a DGS também faz questão de destacar é que os antibióticos não previnem, nem tratam o coronavírus, porque os antibióticos não são efetivos contra vírus, apenas bactérias. O COVID-19 é um vírus e, como tal, os antibióticos não devem, ser usados para a sua prevenção ou tratamento, pois não terá resultado e poderá contribuir para o aumento das resistências a antimicrobianos.
Na vertente da proteção, nas áreas afetadas, a OMS recomenda medidas de higiene e etiqueta respiratória, para reduzir a exposição e transmissão da doença. Isso passa por adotar medidas de etiqueta respiratória, como tapar o nariz e a boca quando espirrar ou tossir, com lenço de papel ou com o cotovelo, nunca com as mãos, e deitar sempre o lenço de papel no lixo; lavar as mãos frequentemente, devendo laválas sempre que se assoar, espirrar, tossir ou após contacto direto com pessoas doentes; e evitar o contacto próximo com pessoas com infeção respiratória.
Quanto à necessidade de usar máscara, a DGS afirma que de acordo com a situação atual em Portugal, não está indicado o uso de máscara para proteção individual, exceto por pessoas com sintomas de infeção respiratória (tosse ou espirro); suspeito de infecçção por COVID-19 e pessoas que prestam cuidados a suspeitos de infeção por COVID-19.
No caso de alguém suspeitar que está infetado com COVID-19 a indicação vai no sentido de contactar a linha SNS24, através do número 808 242424 e aguardar instrução, não devendo deslocar-se ao hospital ou centro de saúde.
Hospital da Guarda
é de referência
Para os casos de COVID-19 começaram por ser considerados como hospitais de referência, os hospitais Curry Cabral e Dona Estefânia, em Lisboa, e o Hospital de São João, no Porto. Trio ao qual se juntaram cinco hospitais nacionais de referência de segunda linha, que são os hospitais de Santa Maria e São José, em Lisboa; o Hospital de Santo António, no Porto; o Hospital Pediátrico de Coimbra e o Hospital Sousa Martins, na Guarda.
A Unidade Local de Saúde da Guarda avança que o Hospital Sousa Martins foi indicado “atendendo às condições adequadas de instalações, equipamentos existentes no denominado Pavilhão Novo, capacitação do seu Laboratório de Patologia Clínica e ao reconhecimento da competência técnica e profissionalismo dos seus recursos humanos” e adianta que “uma equipa multidisciplinar dedicada a esta situação e coordenada pelo diretor do Serviço de Pneumologia encontra-se já em plenas funções, para que o Hospital Sousa Martins dê a sua melhor resposta nesta obrigação nacional”.