AUTARQUIA TRANSFERE 200 MIL EUROS
ULSCB “muito satisfeita” com apoio da Câmara
A Unidade Local de Saúde de Castelo Branco (ULSCB) tem, atualmente, 11 pessoas internadas, das quais cinco mulheres e seis homens, que estão a aguardar os resultados ao teste ao COVID-19.
A estes doentes internados na denominada Zona COVID, no quarto piso da unidade hospitalar, há a somar o doente positivo, que deu entrada no Hospital Amato Lusitano (HAL) dia 27 de março, um homem, de 70 anos, que está na Unidade de Cuidados Intensivos Polivalente (UCIP), que segundo adianta a diretora clínica da ULSB, Eugénia André, “está ventilado e dentro do estado dos doentes que estão críticos, mantém-se estabilizado”.
Eugénia André acrescenta que há também “vários doentes que fizeram testes e que estão a aguardar nas suas casas”, explicando que “são doentes que estão estabilizados. Têm sintomas ligeiros, como tosse ou febre, dos quais fazemos vigilância através dos colegas do Hospital, da Medicina Geral e Familiar e também da Unidade de Saúde Pública”.
Entretanto, esta sexta-feira, a Câmara de Castelo Branco aprovou, em reunião do executivo, a transferência de 200 mil euros para a ULSCB, com o presidente, Luís Correia, a realçar que esta verba é “para apoiar aquela instituição na aquisição do material necessário à prevenção e combate ao vírus SARS CoV-2”.
Perante a transferência desta verba Eugénia André afirma que “vejo com muito bons olhos. Claro que nós sabemos que a autarquia nos iria de facto ajudar, como sempre ajudou ao longo dos anos. Mas é evidente que nesta fase da pandemia tínhamos algumas dificuldades em adquirir equipamento que nós temos necessidade, dado o facto, uns para fazer exames laboratoriais, outros para equipamento que não deve ser deslocado da zona infetada”.
Acrescenta que “desde início, optamos logo de imediato fazer uma aquisição de material para realização de exames. Era o mais premente, mesmo necessário, para fazermos testes com maior rapidez e solicitámos à Câmara se havia algum apoio”.
Eugénia André sublinha ainda que isto é “algo que além de ser importante nesta fase, acaba por o ser também futuramente”, recordando que “este vírus não vai desaparecer” e avançando que “o próprio aparelho pode ser rentabilizado para outro tipo de exames”. Por tudo isto considera que “ficamos a ganhar. Ficam a ganhar todos os utentes da USCB, com maior possibilidade de rapidez nesta pandemia, mas também noutros exames que podemos vir a fazer”.
A diretora clínica reforça que em relação ao apoio da Câmara “o Conselho de Administração ficou muito satisfeito e também não pensaríamos que fosse de outra forma, que não apoiasse”.
António Tavares