Edição nº 1668 - 9 de dezembro de 2020

CONSTRUIR A MUDANÇA
PSD dinamiza ciclo de conferências on-line

O Partido Social Democrata (PSD) de Castelo Branco, sob o mote Construir a Mudança, realizou, no passado dia 28 de novembro, a primeira videoconferência on-line, subordinada ao tema Castelo Branco, Concelho Sustentável. O ponto de partida, num debate em torno da sustentabilidade ambiental do Concelho, que contou com a presença do presidente da Comissão Política do PSD de Castelo Branco, Carlos Almeida; de Rui Alves, professor no Instituto Politécnico de Castelo Branco (IPCB) e especialista em mobilidade sustentável; e de Manuel Costa Alves, meteorologista e investigador na área do ambiente e alterações climáticas, sendo que a sessão foi moderada por José Carlos Beato.
Carlos Almeida começou por referir que em 2017, quando assumiu as funções de vereador deparou-se com “problemas urgentes e problemas estruturantes”.
No que se refere aos “problemas urgentes”, apontou a instalação da Fábrica do Bagaço em Alcains e a informação referente aos Aterros Sanitários. No primeiro caso recordou que “havia uma intenção clara do executivo socialista em viabilizar a sua instalação já que adquiriu dois terrenos por 110 mil euros que, posteriormente, vendeu por 1.300 euros. Mas também pelos sucessivos licenciamentos que aprovou. A postura dos vereadores do PSD foi de sensibilizar a opinião pública, com conferências de Imprensa, artigos de opinião e vídeos, e votar contra nas reuniões do executivo”, concluindo que, “aparentemente, a estratégia resultou”.
Já quanto aos aterros sanitários a sua opinião é de “tranquilidade em relação à VALNOR e preocupação em relação ao aterro detido por uma empresa de construção civil de âmbito nacional”.
Quanto aos “problemas estruturantes”, como a água, energias renováveis, acesso a edifícios públicos e transportes públicos, destacou que em relação à água existe a “necessidade de uma reserva estratégica, com a construção da Barragem do Alvito e a reutilização das águas das ETAR para rega dos espaços verdes”. Nas energias destacou “a importância de aumentar a participação de energias renováveis na nossa matriz de consumo, alicerçado no aproveitamento da exposição solar” e nos acessos a edifícios e espaços públicos “assegurar a sua universalidade” e nos transportes “garantir que os mesmos sejam amigos do ambiente”.
Carlos Almeida terminou a intervenção com a definição de algumas metas estratégicas para o próximo mandato autárquico, como “tornar Castelo Branco uma smart city; reduzir em 50 por cento as emissões de gases de efeito estufa e a água da rega dos espaços verdes; aumentar em 20 por cento a plantação de árvores; o Concelho utilizar 75 por cento da sua energia, em energias renováveis e em 2025 Castelo Branco integrar as 100 cidades mais sustentáveis do Mundo”.
Por seu lado, Rui Alves salientou “a importância de criar projetos de valor ligados à água”, algo que, em seu entender, “não tem estado a acontecer”. Referiu que “é preciso ter uma visão clara sobre a sustentabilidade do Concelho em matéria de mobilidade e ainda a importância da floresta”, salientando que “a autarquia não se pode demitir de ter uma política para a floresta”. Destacou também “a relevância de alocar uma parte do orçamento municipal para a inovação e tecnologia em sustentabilidade”.
Costa Alves mencionou que “nos anos 60, 70 e 80, os economistas e ambientalistas falavam em desenvolvimento sustentável, mas devido a toda a evolução científica que houve, gradualmente esse conceito foi sendo abandonado e os especialistas atuam falam em crescimento sustentável e no que isso significa qualitativamente. Sendo assim, numa perspetiva baseada na matriz do pensar global, agir local, a grande maioria dos países industrializados, criou agendas próprias para o desenvolvimento sustentável, sendo que Castelo Branco surpreendeu com a implementação de uma agenda local, surgindo assim na cauda destas iniciativas, mas motivando todo um conjunto alargado de pessoas. No entanto, convém referir que, infelizmente, essas medidas nunca passaram do papel e hoje na nossa cidade, não existe nenhum tipo de discurso por parte do poder local e/ou debate público que faça mover a sociedade civil nesse sentido”.
Costa Alves abordou ainda em conjunto com o restante painel de oradores, questões associadas ao Plano de Ordenamento da Albufeira de Santa. Águeda, bem como algumas preocupações inerentes à poluição do Tejo Internacional e à Central Nuclear de Almaraz, em Espanha.
O próximo debate subordinado ao tema Castelo Branco, Concelho do Bem Estar realiza-se no próximo sábado, 12 de dezembro, e pode ser acompanhado on-line através da página de Facebook do PSD Castelo Branco, sendo que podem ser apresentadas questões e comentários em direto ou através do endereço eletrónico [email protected].

09/12/2020
 

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