António Tavares
Editorial
A contagem decrescente para o Natal está a acelerar, pois a data festiva está cada vez mais próxima.
Esta é uma época do ano que, para muitos, é uma mistura de sentimentos. Por um lado, cresce um sentimento de alegria que se associa a qualquer ocasião festiva, ainda por cima quando envolve a família e os amigos. Mas, por outro lado, para muitos também é nesta altura do ano que ganha terreno alguma tristeza. Afinal, o Natal tem associada a ele a nostalgia, experienciada por muitos ao sentir saudade de momentos vividos, alimentada por ocasiões felizes.
Seja como for já se assiste ao furor consumista que é tão característico da quadra natalícia. Não com o enormíssimo fulgor de outros anos, porque até neste aspeto a pandemia de COVID-19 tem um impacto enorme. Desde logo, porque devido à atitude preventiva que é preciso manter, não são desejáveis grandes aglomerações de pessoas. Por isso mesmo, o acesso aos espaços comerciais é limitado e, nalguns casos, nomeadamente em concelhos nos quais a situação pandémica é mais grave, resultado do recolher obrigatório, nem é possível fazer as compras ao fim de semana.
Para contornar esta situação, este ano muitas pessoas optaram por não fazer as compras presencialmente, recorrendo à Internet.
Bom, compras e soluções a que, diga-se, nem todos podem aceder. Sim, porque a pandemia também trouxe graves problemas económicos, porque a perda de poder de compra, por redução do rendimento, por exemplo por desemprego ou falta de pagamento dos salários é uma realidade.
Assim, este será o Natal possível, na esperança que o próximo seja melhor e, acima de tudo, haja saúde.