NO 75.º ANIVERSÁRIO DA INAUGURAÇÃO
Liceu volta a estar como novo
A Escola Secundária Nuno Álvares (ESNA), vulgarmente conhecida por Liceu, no ano em que comemora o 75.º aniversário da sua inauguração, volta a estar como novo, depois das profundas obras de requalificação a que foi submetida.
Os melhoramentos foram apresentados na passada quarta-feira, 23 de junho, numa cerimónia que contou com a presença do secretário de Estado Adjunto do Desenvolvimento Regional, Carlos Miguel, e no decorrer da qual foi recordado que o ensino liceal existe em Castelo Branco desde 1848, passando por várias locais. Inicialmente, as instalações provisórias foram no edifício da Misericórdia Velha. Depois passaram para um palacete no Largo da Sé e, mais tarde, para o Paço Episcopal. Em 1941 tiveram início as obras de construção das atuais instalações, na Avenida Nuno Álvares, que foram inauguradas a 2 de maio de 1946.
Agora, passados 75 anos, o diretor do Agrupamento de Escolas Nuno Álvares (AENA), António Carvalho, considera que “o aniversário da Escola e as obras de requalificação, fazem com que este seja um dia muito especial, para uma escola que continua a marcar gerações”.
António Carvalho realça que “a nossa obrigação obriga-nos a olhar para o futuro” e adianta que “queremos uma escola cada vez mais inclusiva, que dê resposta aos alunos”, com a finalidade de “alcançar o sucesso educativo”.
Destaca que, “naturalmente, as boas condições físicas das instalações concorrem para o sucesso”, para referir que “as obras eram imprescindíveis, devido ao estado de degradação que se tinha atingido”, para mais à frente sublinhar um facto que considera importante, que foi “o das obras decorrerem a par das aulas, o que exigiu numa grande coordenação”.
Presente na cerimónia, a delegada regional de Educação do Centro, Cristina Oliveira, começa por afirmar que “o processo de descentralização em Castelo Branco tem decorrido de uma forma excecional”, para avançar que “as obras eram um desafio muito grande, devido à traça do edifício e à sua simbologia para a cidade”, concluindo que “tudo isso foi respeitado”.
O presidente da Câmara de Castelo Branco, José Augusto Alves, por seu lado, assegura que para autarquia a educação “é uma prioridade e, por isso, temos trabalhado e investido, ao longo dos anos, nas escolas do Concelho, identificando, em conjunto com as suas direções dos agrupamentos, as necessidades dos nossos alunos. E se este trabalho de cooperação é para nós uma regra, não o iria deixar de ser num momento crucial como o que vivemos, em que aproveito para deixar uma palavra de apreço aos professores e à restante comunidade escolar que possibilitam a educação dos nossos alunos nesta época difícil”.
Tudo, para recordar que “desde o início da pandemia, dos mais de cinco milhões de euros que já investimos em medidas de apoio, 650 mil euros foram direcionados para a educação”.
Já com o foco no Liceu, José Augusto Alves afirma que, “com o passar do tempo, a degradação deste edifício era já visível. Nesse sentido a Câmara, na pessoa do anterior presidente, Luís Correia, não hesitou em avançar com o valor total do investimento necessário à requalificação e modernização da escola, tornando-a mais acolhedora e funcional”.
Nesta matéria destaca que “esta obra orçou em três milhões e 413 mil euros, cofinanciada pelo FEDER, no âmbito do programa operacional Centro2020, no valor de dois milhões e 901 mil euros, sendo a comparticipação nacional no montante de 512 mil euros, suportado em 50 por cento pela Câmara e os restantes 50 por cento pelo Estado”.
José Augusto Alves acrescenta que “a esta,juntam-se outras obras de requalificação de escolas do Concelho, que nos últimos quatro anos, somam mais de dois milhões de euros e que aliados a esta obra traduzem-se num investimento total de 5,5 milhões de euros”.
Mas não só, pois, “devido à pandemia e ao aumento significativo de alunos a Câmara também procedeu à contratação de assistentes operacionais, custos esses também suportados pela Câmara, uma vez que estes funcionários pertencem à autarquia”.
Investimentos que o autarca considera importantes, porque “se queremos ter uma escola de sucesso, temos que ter docentes e alunos motivados e não tenhamos dúvida, que as condições físicas dos edifícios contribuem em muito para o bem-estar da comunidade escolar”.
Por seu lado, o secretário de Estado Adjunto do Desenvolvimento Regional, Carlos Miguel, também aborda a questão da requalificação da Escola, ao afirmar que é “algo que devemos assinalar num país que prefere mandar abaixo e construir de novo. Este é um trabalho difícil, que alguns dizem que é mais caro que fazer de novo, mas requalificar é uma palavra que temos que ter cada vez mais presente”.
Carlos Miguel aborda também o tema da cooperação, entre a administração local e central, entre o Governo e a Câmara”, para recordar que “caberia ao Governo suportar os custos destas obras, mas o Governo teve a cooperação do município para esta obra”.
O membro Governo também não esquece a municipalização, tendo em vista a área da educação, para apontar para a necessidade “de replicar aquilo que foi feito aqui”, tanto mais que considera que “o papel das autarquias é determinante para a requalificação do parque escolar em todo o território”.
António Tavares